2 semanas atrás
Vendas de etanol em maio beiram 3 bilhões de litros, mesmo com queda na moagem da cana

Apesar da menor moagem e da redução na qualidade da matéria-prima, o setor de etanol manteve desempenho sólido em maio, com vendas totais de 2,99 bilhões de litros, sustentadas por uma demanda interna aquecida. O resultado mostra resiliência mesmo diante de um cenário desafiador na safra 2025/2026.
Na segunda quinzena de maio, as usinas da região Centro-Sul moeram 47,84 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, superando o mesmo período da safra passada. No entanto, o acumulado até o fim de maio mostrou retração de 11,85%. Sete novas unidades entraram em operação, totalizando 252 usinas na ativa.
A qualidade da cana, medida pelo ATR (Açúcares Totais Recuperáveis), caiu 4,06% no período, afetando a eficiência da produção. Isso contribuiu para a redução na fabricação acumulada de açúcar e etanol, mesmo com maior destinação de cana para açúcar (quase 50% do mix).
A produção de etanol no Centro-Sul totalizou 2,06 bilhões de litros na segunda quinzena de maio, com quedas discretas tanto no hidratado quanto no anidro. No acumulado, já são 5,74 bilhões de litros produzidos na atual safra, enquanto o etanol de milho vem ganhando espaço e cresceu mais de 23%.
As vendas mantiveram-se estáveis, puxadas pelo crescimento de 6,35% do etanol anidro. No mercado interno, os preços do biocombustível seguem competitivos: em 187 dos 371 municípios pesquisados, abastecer com etanol foi mais vantajoso do que com gasolina, segundo a ANP. Isso mantém a atratividade para o consumidor final.
No campo das exportações, o etanol hidratado avançou mais de 7%, enquanto o anidro teve queda expressiva. Já no mercado de CBios, produtores emitiram 19,13 milhões de créditos até 13 de junho, com estoque de quase 29 milhões disponíveis para negociação, movimentando o mercado de descarbonização no país.
*Com informações: Portal do Agronegócio
•