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10/07/2025 11h00min - Educação
18h atrás

Uso excessivo de IA preocupa educadores e cientistas pelo impacto na aprendizagem


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Fonte: Fonte Grande FM



O uso crescente da inteligência artificial na educação tem gerado preocupações sobre seus impactos na formação intelectual dos estudantes. Um estudo conduzido pelo MIT mostrou que o uso frequente de ferramentas como o ChatGPT pode enfraquecer habilidades cognitivas fundamentais, como criatividade, concentração e pensamento crítico. Segundo os pesquisadores, esses efeitos são especialmente preocupantes quando a IA substitui o esforço mental em vez de servir como apoio para o aprendizado. Participantes que utilizaram modelos de linguagem durante quatro meses apresentaram desempenho inferior em atividades neurais, linguísticas e comportamentais.

A pesquisa, baseada em exames neurológicos e avaliações de redação, envolveu 54 voluntários divididos em três grupos distintos: um que utilizou exclusivamente o ChatGPT, outro com acesso apenas a buscadores como o Google, e um terceiro grupo que trabalhou com conhecimento próprio, sem ferramentas digitais. Os resultados mostraram que aqueles que confiaram em seus próprios recursos tiveram maior conectividade cerebral e senso de autoria. Já os usuários de IA mostraram baixa atividade cerebral, mesmo após deixarem de usar a tecnologia, o que aponta para impactos persistentes na estrutura cognitiva.

No Brasil, professores vêm observando situações similares em sala de aula, com alunos usando IA de forma indiscriminada para realizar trabalhos escolares. Relatos destacam que muitos recorrem às ferramentas como atalho para obter respostas prontas, sem desenvolver argumentação, checar fontes ou refletir sobre os conteúdos. Embora a IA ofereça potencial como instrumento pedagógico, educadores alertam para os riscos de sua utilização sem acompanhamento, principalmente fora do ambiente educacional, onde o processo de aprendizagem pode ser comprometido.

Apesar das preocupações, o Brasil aparece como um dos países que mais utiliza inteligência artificial no cotidiano. Uma pesquisa da Ipsos, em parceria com o Google, revelou que 54% da população brasileira usou IA em 2024, superando a média global de 48%. Especialistas reforçam a importância da orientação e do uso consciente dessas tecnologias, defendendo que a IA seja vista como ferramenta complementar e não substituta do raciocínio humano. Nesse cenário, a formação de professores e o desenvolvimento de estratégias educativas para integrar de forma responsável a IA no ensino tornam-se cada vez mais urgentes.

Com informações: Brasil 61



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