55min atrás
Tecnologia pode salvar o que está nos silos
Agrolink
Em 2025, uma sequência de incêndios em silos graneleiros acendeu um alerta no agronegócio brasileiro. No Rio Grande do Sul, ao menos três ocorrências de grande porte foram registradas neste ano. A mais recente, em Arroio Grande, destruiu um dos silos da Cotribá no início de outubro, com prejuízo superior a R$ 1 milhão entre grãos perdidos e estrutura danificada.
Segundo o Corpo de Bombeiros, os sinistros podem ter sido provocados por combustão espontânea, um fenômeno que começa dentro da própria massa de grãos e se agrava por falhas de manejo, aeração inadequada e ausência de monitoramento contínuo. O processo se inicia com grãos úmidos ou mal limpos, que alimentam microrganismos e geram calor. Sem ventilação suficiente, a temperatura interna aumenta até atingir níveis críticos, resultando na autocombustão.
“A maioria desses incêndios não começa com uma fagulha externa. É o resultado de um processo lento de autoaquecimento, causado por manejo inadequado, falhas na aeração ou ausência de monitoramento preciso”, explica Everton Rorato, diretor comercial da PCE Engenharia, especializada em automação de armazenagem de grãos.
Especialistas apontam que a origem do problema está, em grande parte, na operação manual e em sistemas de termometria ultrapassados. O uso de tecnologia automatizada para monitorar temperatura e acionar ventiladores pode detectar irregularidades antes que se tornem irreversíveis. A automação, além de prevenir perdas e acidentes, garante maior segurança e preserva a rentabilidade das estruturas de armazenagem. “A tecnologia que evita o fogo também protege o lucro. Ignorar isso, hoje, é o verdadeiro risco’, conclui.
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