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22/05/2025 12h00min - Ciência
1 semana atrás

Técnica extrai bioprodutos de palha e sabugo de milho


Canva/Grande FM 92,1 ► 
Fonte: Fonte Grande FM



A técnica de hidrólise já é conhecida na ciência, mas tradicionalmente utiliza ácidos tóxicos que liberam resíduos prejudiciais ao meio ambiente. Os pesquisadores da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA), no entanto, optaram por usar água subcrítica, que permanece em alta temperatura sob pressão suficiente para evitar sua ebulição, tornando o processo mais eficiente e menos agressivo ao meio ambiente.

O estudo, publicado no Biofuel Research Journal, foi conduzido pelo engenheiro de alimentos Rafael da Rosa, que analisou a hidrólise subcrítica de palha e sabugo de milho em diferentes condições. Comparando com métodos convencionais, a pesquisa demonstrou que a água pura gerou melhores resultados na obtenção de compostos fenólicos e açúcares, essenciais para indústrias farmacêuticas, cosméticas e alimentícias.

Além dos compostos fenólicos, que possuem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, a técnica permitiu a extração de açúcares como celobiose, glicose e xilose em quantidades significativamente superiores às alcançadas por métodos tradicionais. O processo se destacou por operar em temperaturas moderadas por um curto período, reduzindo os custos e impactos ambientais.

A pesquisa também realizou análises de viabilidade econômica e sustentabilidade, concluindo que o retorno do investimento seria inferior a quatro anos e que a tecnologia obteve uma alta pontuação em critérios ambientais. Os pesquisadores destacam que a abordagem se alinha com conceitos modernos de biorrefinaria e economia circular, incentivando a valorização de resíduos agrícolas.

Segundo os especialistas, a tecnologia pode ser aplicada na produção de biocombustíveis, como o etanol de segunda geração, além de contribuir para um futuro em que a legislação exigirá um melhor aproveitamento de resíduos orgânicos. O estudo abre caminho para alternativas mais sustentáveis e eficientes, reduzindo desperdícios e beneficiando diversas indústrias.

*Fonte: Jornal da Unicamp 



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