5 meses atrás
Sob protesto de educadores, projeto de escolas militares passa pela Câmara e vai à sanção
A segunda e última votação do projeto que autoriza a implantação de escolas cívico-militar na rede municipal de ensino em Dourados ocorreu sob protestos de um grupo de educadores na segunda-feira passada (29), na Câmara de Dourados. O projeto, aprovado, segue agora para sanção do prefeito Alan Guedes, que é o autor da proposta.
Com faixas e cartazes, representantes do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação (Simted) acompanharam a discussão e se posicionaram contra a proposta.
“Nós estamos aqui destacando principalmente a prática antidemocrática que a gestão municipal tem adotado nos últimos anos. E, no que se refere à educação, práticas totalmente autoritárias”, criticou Thiago Coelho, presidente do Simted.
Ele destacou que o projeto foi apresentado pela Prefeitura de Dourados e aprovado pela Câmara Municipal sem qualquer discussão com os educadores. “É um projeto completamente ineficiente. Nós analisamos o texto do projeto e vimos que ele autoriza a celebração de convênio com o Governo do Estado, mas não estabelece previsão orçamentária nem indica de onde virão os recursos”, avaliou.
Segundo o professor Thiago, o projeto também não aborda os principais desafios da educação municipal, apresentando apenas justificativas com um viés ideológico.
Com 12 votos favoráveis, o projeto de lei que autoriza a implementação do modelo de Escola Cívico-Militar na Rede Municipal de Ensino deverá ser sancionado pelo prefeito Alan Guedes (PP). Cinco pedidos de adiamento foram negados durante a votação de ontem.
Em recente entrevista, o secretário municipal de educação, Carlos Vinicius Figueiredo, afirmou que o projeto autorizativo é apenas uma medida jurídica para que, no futuro, a prefeitura possa celebrar convênio com o estado, mas que, no momento, não há previsão para implementar o sistema na rede.
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