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26/02/2025 10h00min - Esporte
2 semanas atrás

Sintético ou natural: o que está em debate em relação aos tipos de gramado utilizados no futebol?


Foto divulgação ► 
Fonte: Fonte Grande FM



Jogadores como Neymar, Gabigol e Lucas se posicionaram contra o uso de gramado sintético nos campos de futebol profissional da Série A. O debate ganhou destaque por diversos motivos, mas pode ser analisado pela ciência biológica e saúde dos jogadores. O Club Athletico Paranaense defende o uso do gramado sintético por sua estabilidade e homogeneidade, enquanto outras opiniões sugerem considerar a qualidade de todos os gramados.

O biólogo Daniel Gosser Mota explica que a grama natural enfrenta desafios no inverno, como escassez de água e baixas temperaturas, dificultando seu cuidado. A Bermuda Celebration, aprovada pela FIFA e utilizada mundialmente, sofre com a dormência no inverno, tornando-se frágil e causando áreas sem grama em locais de alto fluxo de jogadores. No Brasil, estádios como o Mineirão substituem a Bermuda Celebration pela Ryegrass no inverno, uma espécie mais tolerante ao clima.

A FIFA recomenda três tipos de gramados para o futebol: natural, híbrido e sintético. O gramado sintético deve seguir o programa de qualidade da FIFA, que apresenta três níveis de certificação: FIFA Quality Pro (futebol profissional), Qualidade FIFA (futebol municipal e recreativo) e FIFA Básica (critérios básicos de desempenho e segurança). Clubes profissionais precisam da certificação "FIFA Quality Pro" para usar gramado sintético em seus estádios.

Nas principais ligas do mundo, o uso de gramados varia. Na Premier League, é permitido grama natural ou híbrida, com exceção para a FA Cup, onde o sintético é permitido a partir da 5ª Divisão. Na Champions League, a final deve ser em grama natural. Na Série A italiana, apenas um clube usa gramado sintético. LaLiga e League 1 utilizam grama natural ou híbrida, enquanto a Conmebol segue as regras da FIFA. 

As lesões são uma preocupação, mas estudos mostram que a incidência geral de lesões é menor na grama sintética do que na natural. Na MLS, a taxa de lesões foi semelhante entre os dois tipos de gramado, com leve variação para mais nas lesões em gramado sintético. No NCAA, atletas em grama natural apresentaram 26% mais risco de lesão no ligamento cruzado anterior em comparação com os que treinavam em gramado sintético. Em partidas oficiais, a diferença não foi estatisticamente significativa.

*Fonte: Brasil 61



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