4 semanas atrás
Semana da Juventude começa hoje com lançamento de cartilha na Reserva Indígena de Dourados
A Semana Estadual da Juventude começa nesta segunda-feira ( 9 ) com o lançamento de uma cartilha de saúde mental voltada para a juventude indígena de Mato Grosso do Sul. O material, inédito, foi produzido em três línguas indígenas – guarani, terena e kadiwéu – e será distribuído nas comunidades de Dourados, Caarapó e Porto Murtinho. A iniciativa faz parte das ações promovidas pela Secretaria de Estado da Cidadania, por meio da Subsecretaria de Políticas Públicas para Juventude.
Foco na inclusão e acessibilidade
Entre os dias 9 e 13 de setembro, a cartilha será lançada nas principais reservas indígenas. Já no período de 20 a 30 de setembro, as atividades da Semana da Juventude se concentrarão em temas de acessibilidade, incluindo a disponibilização de vídeos e materiais em audiodescrição para atender pessoas com deficiência.
O Projeto
A ação conta com a participação do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), que pretende replicar a iniciativa em outras comunidades pelo Brasil. O objetivo é enfrentar o aumento de casos de suicídio, depressão e ansiedade, oferecendo recursos e informações adequadas em línguas maternas, além de combater o estigma social associado às questões de saúde mental.
Desde julho, atividades pontuais já vêm ocorrendo em Mato Grosso do Sul, mas a Semana da Juventude, instituída pela Lei nº 3.748/2009, intensifica os esforços com ações que visam impactar a vida das populações indígenas e quilombolas, além de estudantes e pessoas com deficiência.
Depoimentos e impacto
Heliton Oliveira Cavanha, jovem indígena do povo kaiowá, destacou a importância de ter o material traduzido para as línguas indígenas, reforçando o apoio às comunidades: "A juventude indígena sempre foi deixada de lado nesses debates, mas agora temos o Governo e a Secretaria da Cidadania olhando diretamente para nós."
O Subsecretário de Políticas Públicas para Juventude, Jessé Cruz, explicou que o projeto visa capacitar lideranças locais para que possam dar continuidade ao trabalho, criando espaços de acolhimento e atendimento nas próprias comunidades: "Queremos que essas ações sejam multiplicadas, para que não dependam apenas do poder público, mas que as próprias lideranças locais possam promover o acolhimento."
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