4 semanas atrás
Seca mais severa da história do país vai pesar nos bolsos dos brasileiros
A análise do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) revela que 2024 registra a seca mais extensa e intensa no Brasil dos últimos 70 anos, afetando cerca de 5 milhões de km², ou 58% do território nacional. Esse cenário tem impactos econômicos significativos, como o acionamento da bandeira vermelha patamar 1 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), resultando em uma cobrança extra de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos devido à previsão de chuvas abaixo da média nos reservatórios hidrelétricos.
O aumento do custo da energia afeta a produção e pressiona a inflação, que já acumula alta de 4,5% nos últimos 12 meses, segundo o IBGE. A seca também impacta a produção agrícola, elevando os preços de alimentos e pressionando ainda mais o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Produtos como feijão, milho e hortaliças são especialmente afetados pela falta de irrigação, o que também interfere na produção de carne devido à escassez de água para pastagens e grãos.
Apesar da gravidade da situação, o economista Newton Marques aponta que, caso ocorra uma mudança climática, como o retorno das chuvas, o cenário pode melhorar a médio prazo. Entretanto, segundo o Cemaden, a seca em 2024 abrange uma área maior do que em anos anteriores, afetando diversas regiões do país. A previsão de atraso nas chuvas agrava a situação, especialmente para a agropecuária, com algumas regiões enfrentando mais de 120 dias consecutivos sem precipitação, afetando safras de milho, feijão e a qualidade das pastagens.
*Com informações; Brasil 61
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