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22/01/2025 11h00min - Geral
2 semanas atrás

Saída dos EUA da OMS vai prejudicar combate a doenças como poliomielite e Aids


Divulgação ► 
Fonte: Fonte Grande FM



A saída dos Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde (OMS) deve prejudicar o combate a doenças como poliomielite e Aids, especialmente em zonas de conflito. Uma das primeiras medidas do novo governo de Donald Trump foi oficializar a retirada dos EUA da OMS, citando a "má gestão da pandemia de Covid-19 pela organização" e os "pagamentos injustamente onerosos", já que os norte-americanos eram os maiores doadores.

Analistas apontam que a perda de um dos países mais importantes do mundo terá efeitos significativos, como prejuízos no financiamento para a prevenção e combate de doenças como poliomielite, Aids e Mpox em todo o planeta. Entre 2022 e 2023, os EUA repassaram US$ 1,2 bilhões (cerca de R$ 7 bilhões) à OMS, sendo que 42% desse total foram destinados ao controle de doenças no continente africano e 14,8% para os esforços de erradicação da poliomielite no mundo.

A OMS é financiada por países ligados à Organização das Nações Unidas (ONU), com membros que fazem contribuições obrigatórias. No entanto, os doadores se tornaram a principal fonte de renda, com poder para sugerir o destino dos investimentos. Atualmente, dois terços do financiamento da OMS são fruto de doações.

Em comunicado, a OMS lamentou a saída dos Estados Unidos e destacou que o país foi um dos principais articuladores da instituição após o fim da Segunda Guerra Mundial, esperando que Trump reconsidere a decisão. A OMS tem atualmente 42 emergências em saúde pelo mundo, sendo 17 delas em estágio 3, o índice mais grave, em países como Síria, Líbano, Ucrânia, Iêmen, República Democrática do Congo, Afeganistão e no território da Palestina, que devem ser prejudicados pela saída dos EUA.

De acordo com a professora da Faculdade de Saúde Pública e vice-presidente do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP), Deisy Ventura, a retirada do financiamento norte-americano deve afetar o combate a doenças em zonas de conflito armado, locais que já enfrentam dificuldades para manter programas de vacinação. Em entrevista à Folha de São Paulo, a especialista explicou que a decisão também pode dificultar a participação oficial dos EUA em negociações diplomáticas sobre saúde, além de possivelmente afetar a participação de profissionais de saúde norte-americanos na instituição. Segundo a OMS, esses profissionais representam mais da metade dos voluntários em missões de saúde em 100 nações. As mudanças só serão consolidadas a partir do próximo ano, em respeito às regras do próprio país.



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Grande FM
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