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25/02/2023 12h00min - Nutrição
2 anos atrás

Saiba como identificar alimentos ultraprocessados

Produtos são nutricionalmente desbalanceados e contêm alto teor de gorduras, açúcares e de sódio; ingestão está associada ao desenvolvimento de câncer

Foto montagem: Grande FM ► 
Fonte: Fonte Grande FM



Alimentos ultraprocessados podem ser atraentes, gostosos e práticos de comer. A facilidade e o baixo custo estão entre as razões pelas quais esse tipo de produto é altamente consumido.

O Ministério da Saúde alerta que os ultraprocessados são nutricionalmente desbalanceados e possuem alto teor de gorduras, açúcares e de sódio. A ingestão desses alimentos está associada ao desenvolvimento dealguns tipos de cancêr, sendo o colorretal o mais comum.

Esse tipo de produto contém adição de ingredientes prejudiciais à saúde, podendo causar doenças como hipertensão, diabetes, obesidade e depressão. Além disso, geram um vício no organismo, que cria uma rotina alimentar com baixa qualidade nutricional.

Para diferenciar alimentos processados, ultraprocessados ou in-natura, é importante ler os rótulos das embalagens. Confira no quadro abaixo as principais diferenças entre os tipos de alimentos:

In natura: são obtidos diretamente de plantas ou animais, sem que tenham sofrido qualquer alteração

Processados: fabricação industrial, com adição de sal, açúcar ou outro produto que torne o alimento mais durável e atrativo visualmente

Ultraprocessados: são formulações industriais que são produzidas em várias etapas de processamentos. Contêm substancias sintetizadas em laboratórios, que são extraídas de alimentos e de outras fontes orgânicas

Diferentemente dos alimentos processados, a maioria dos ultraprocessados é consumida ao longo do dia, substituindo alimentos como frutas, leite e água ou, nas refeições principais, no lugar de preparações culinárias.

A lista inclui biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, refrigerantes e macarrão instantâneo. Por conta de sua formulação e apresentação, tendem a ser consumidos em excesso e a substituir alimentos naturais ou minimamente processados.

“Os alimentos ultraprocessados devem ser consumidos o mínimo possível. Devemos sempre priorizar aqueles in natura. Não precisa ser algo radical, mas o consumo dos ultraprocessados deve ser mais esporádico. Além disso, um acompanhamento nutricional é muito importante”, afirma a nutricionista Loraine Ferraz, do Hospital Federal do Andaraí (HFA), no Rio de Janeiro.

A nutricionista, que atende diariamente pessoas com obesidade no Serviço de Atendimento e Tratamento da Obesidade Mórbida (Satom) do hospital, afirma que é muito comum as pessoas deixarem de lado os alimentos naturais e priorizarem esse tipo de produto, principalmente por serem de rápido consumo.

Alimentação saudável

Adotar uma alimentação saudável vai além da escolha individual. Fatores econômicos, políticos, culturais e sociais podem influenciar positiva ou negativamente no padrão de alimentação das pessoas.

Morar em bairros ou territórios onde há feiras e mercados que comercializam frutas, verduras e legumes com boa qualidade torna mais fácil a adoção de padrões saudáveis de alimentação, por exemplo.

Por outro lado, o custo mais elevado dos alimentos minimamente processados diante dos ultraprocessados, a necessidade de fazer refeições em locais onde não são oferecidas opções saudáveis de alimentação e a exposição intensa à publicidade de alimentos não saudáveis contribuem para dificultar a mudança no padrão de nutrição.

O Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, considera essas especificidades e recomenda a preferência por alimentos naturais ou minimamente processados, além da valorização de variedades de origem vegetal como a base da alimentação.

“A geladeira e a despensa devem estar sempre muito organizadas, com frutas, Legumes e verduras frescos. Para não cair em tentação sempre, evite ter guloseimas e itens ultraprocessados dentro do armário. No restaurante, nada muda: opte por aqueles alimentos que estão dentro do cardápio proposto pelo nutricionista”, afirma a médica nutricionista Roberta Cassani, pesquisadora associada da Unicamp e membro da diretoria científica da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN).

Fonte: CNN Brasil

 



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