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11/11/2024 15h00min - Geral
3 semanas atrás

Reunião de cúpula do G20 decidirá sobre taxação de super-ricos


Agência Brasil ► 
Fonte: Fonte Agência Brasil



A proposta do Brasil para a presidência do G20 em 2023 centra-se na criação de uma tributação sobre os super-ricos como uma maneira de financiar o combate à desigualdade e às mudanças climáticas. Na próxima semana, os líderes das 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana, vão debater essa iniciativa, que prevê um imposto mínimo de 2% sobre a renda dos bilionários. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a proposta poderia gerar de US$ 200 a US$ 250 bilhões anuais, sendo parte desse montante destinado à promoção de um desenvolvimento mais justo e sustentável.

O economista Gabriel Zucman, coautor da proposta, afirma que essa taxa impactaria apenas cerca de 3 mil indivíduos no mundo, sendo 100 deles na América Latina. A ideia é arrecadar fundos de uma forma mais equitativa, dado que atualmente os impostos sobre a riqueza rendem muito menos do que os tributos sobre o consumo. No contexto brasileiro, um estudo da Universidade de São Paulo (USP) aponta que a medida poderia arrecadar R$ 41,9 bilhões por ano, com esses montantes fortalecendo orçamentos voltados para ciência, tecnologia e meio ambiente.

A proposta brasileira encontrou apoio em diversos países, como França, Espanha, Colômbia, Bélgica e África do Sul, mas enfrentou resistência de potências como Estados Unidos e Alemanha. Nos encontros preparatórios, o Brasil tentou aumentar a adesão, com Haddad fazendo exercícios diplomáticos em viagens e eventos internacionais. O Brasil deseja consolidar a tributação dos super-ricos como um tema central na agenda do G20, aproveitando a presidência rotativa do bloco para promover uma aliança contra a fome e a desigualdade.

Além da reunião de cúpula, as especificações do Brasil o G20 Social, fórum que envolve a sociedade civil para discutir temas relacionados ao combate à fome, pobreza e mudanças climáticas. Este evento, que ocorre pouco antes da cúpula oficial, tem o objetivo de incorporar sugestões de organizações e acadêmicos para o relatório final da reunião de líderes. O foco social do G20 em temas como desenvolvimento sustentável e governança global, espera que as recomendações reforcem as previsões e a necessidade de uma tributação global sobre os super-ricos.



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Agência Brasil
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