Resultados do agro em 2025 garantem inflação e alimentos abaixo do previsto, diz CNA

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O agronegócio teve papel decisivo para a melhora dos principais indicadores econômicos do país em 2025. Segundo a CNA, a ampliação da oferta de alimentos ajudou a frear a inflação, que deve encerrar o ano dentro do teto da meta, com projeção de 4,4%.

A entidade destaca que o setor foi determinante para reduzir a inflação de alimentos nas famílias. Durante o balanço anual, a CNA lembrou que a queda expressiva nesse grupo veio da forte produção agrícola e pecuária registrada ao longo do ano.

O Brasil alcançou recordes de safra, com 352 milhões de toneladas de grãos e 12 milhões de toneladas de carne bovina. Esse volume contribuiu para limitar a alta dos alimentos a 2,7% no acumulado do ano, mesmo após leve avanço em outubro.

Apesar dos resultados positivos, 2025 também trouxe dificuldades. Eventos climáticos extremos e juros elevados aumentaram o endividamento dos produtores, que chegou a 11,4%. Além disso, o alcance do seguro rural permaneceu muito baixo, cobrindo menos de 5% da área plantada.

Para 2026, a CNA pretende ampliar o orçamento destinado ao seguro rural e blindá-lo de cortes, buscando dar mais segurança ao produtor. A preocupação é que o cenário eleitoral mantenha a pressão fiscal e impeça a redução dos juros, dificultando investimentos no campo.

No comércio exterior, o setor também pode enfrentar turbulências. A sobretaxa imposta pelos Estados Unidos pode gerar perdas bilionárias, e novos acordos internacionais, especialmente envolvendo China e EUA, podem reduzir compras do Brasil. Ao mesmo tempo, a conclusão do acordo Mercosul–UE e a expansão para novos mercados são vistas como oportunidades estratégicas para o próximo ano.