7 dias atrás
Quantidade de microplásticos no cérebro humano preocupa

Uma nova pesquisa revela um fato alarmante: a quantidade de microplásticos nos cérebros humanos já pode chegar a preencher cerca de 0,5% do órgão. Os pesquisadores detectaram a presença de microplásticos em praticamente todos os órgãos humanos, uma situação alarmante que levanta inúmeros alertas sobre os potenciais efeitos dessa contaminação na saúde humana.
Surpreendentemente, os cientistas agora indicam que a quantidade desses materiais no corpo humano pode ser ainda maior do que se imaginava. Entretanto, a ciência ainda não tem uma clareza completa sobre os tipos de problemas que esse acúmulo pode causar, o que aumenta a preocupação em relação aos efeitos a longo prazo na saúde.
Um estudo recente aponta que amostras de cérebros humanos, cognitivamente normais, coletadas durante autópsias, continham de sete a 30 vezes mais fragmentos de microplásticos do que amostras coletadas oito anos antes. No total, foram encontradas 4.800 microgramas por grama, equivalente a uma colher padrão de plástico, o que sugere que 0,5% dos cérebros podem ser compostos por plástico.
Adicionalmente, os pesquisadores identificaram mais fragmentos de plásticos em cérebros de pessoas que foram diagnosticadas com demência antes de sua morte em comparação com cérebros saudáveis. Esses fragmentos estavam concentrados nas paredes das artérias e veias do cérebro, bem como nas células imunológicas, o que pode ser motivo de grande preocupação para a ciência que ainda busca compreender os reais efeitos desse acúmulo.
Os microplásticos, pequenas partículas sólidas de materiais baseados em polímeros com menos de cinco milímetros de diâmetro, podem levar milhares de anos para se decompor e estão espalhados por todo o planeta, inclusive na água potável.
Divididos em categorias primárias e secundárias, eles são encontrados em diversos produtos comerciais e resultam da quebra de itens plásticos maiores, penetrando profundamente nos sistemas humanos.
Apesar de ainda não se saber ao certo os impactos na saúde humana, experimentos sugerem que os microplásticos podem ser considerados um fator ambiental na progressão de doenças como o Parkinson. Estudos recentes também indicam que a exposição a essas partículas pode afetar a produção de espermatozoides nos testículos, contribuindo para o declínio da fertilidade.
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