2 meses atrás
Quando a ciência encontra a ficção: os bastidores de Hollywood

Produções de Hollywood frequentemente priorizam o entretenimento em seus filmes, mas algumas se destacam por buscar a verossimilhança científica, convocando especialistas para garantir maior realismo. Consultores científicos, como o biólogo Mohamed Noor, trabalham para integrar princípios da ciência real às narrativas, oferecendo hipóteses baseadas no que pode ser possível futuramente.
No entanto, as restrições criativas nem sempre permitem o uso integral das sugestões dos especialistas. Noor, por exemplo, sugeriu o conceito de comunicação química entre alienígenas e humanos, inspirado na interação por odores entre cães, mas a ideia foi rejeitada por ser considerada complexa demais. Ainda assim, ele acredita que a narrativa pode prevalecer sem descartar completamente o realismo.
Uma pesquisa de 2017 revelou que a maioria dos espectadores de ficção científica não exige precisão científica, mas filmes como "Interestelar" e "Perdido em Marte" demonstraram que o realismo pode ser bem recebido. A consultoria de Kip Thorne e Jim Green nesses filmes contribuiu para retratar fenômenos científicos de forma convincente, resultando em aclamação crítica e sucesso de bilheteria.
Além de promover entretenimento, a ficção científica tem o potencial de engajar o público com a ciência. Noor utiliza "Star Trek" em suas aulas na Universidade Duke como ferramenta pedagógica para teorias de evolução e genética, mostrando como a cultura pop pode ajudar na educação científica.
A queda no desempenho educacional em ciências nos Estados Unidos reflete desafios maiores na comunicação da ciência. Com a migração de jovens para as mídias sociais, que favorecem o entretenimento, a ficção científica surge como uma alternativa para despertar curiosidade científica.
Para Noor e outros consultores, essa interação entre ficção e ciência é mais que uma paixão: é uma oportunidade de inspirar futuros cientistas e ampliar o interesse pela ciência real, transformando entretenimento em uma ponte para conhecimento e educação.
Fonte: TV Cultura/UOL
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