4 meses atrás
Protocolo inovador da UFSCar facilita cuidados remotos para idosos com demência
Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolveram um protocolo de atendimento remoto que visa aprimorar o acompanhamento de idosos com demência. Esse novo sistema permite que cuidadores realizem, com a supervisão online de profissionais de saúde, testes de mobilidade funcional e de força muscular nos pacientes. A inovação é especialmente relevante para aqueles que enfrentam dificuldades de locomoção ou têm limitações financeiras, reduzindo a necessidade de deslocamentos e os custos associados ao tratamento.
A iniciativa surge como uma resposta às barreiras enfrentadas por muitos idosos e seus familiares, que frequentemente encontram dificuldades para acessar cuidados especializados. Testes como o Short Physical Performance Battery, que avalia a marcha, equilíbrio e força dos membros inferiores, e o Time Up to Go, que mede o tempo necessário para levantar-se de uma cadeira, caminhar e retornar, foram adaptados para serem realizados à distância. Isso foi possível graças ao treinamento dos cuidadores, que aprenderam a conduzir os testes enquanto eram orientados em tempo real por fisioterapeutas através de videochamadas.
Em um experimento inicial, 43 idosos participaram do programa e realizaram os testes em suas casas, com a ajuda dos cuidadores capacitados. As avaliações foram acompanhadas online por profissionais de saúde, que estavam disponíveis para esclarecer dúvidas e ajustar os procedimentos conforme necessário. Os resultados indicaram que o protocolo é eficaz, possibilitando um acompanhamento regular e mais acessível para uma população que muitas vezes não tem acesso frequente a esses cuidados.
Diante do sucesso inicial, os pesquisadores da UFSCar planejam expandir o estudo, envolvendo um número maior de participantes e explorando novas formas de melhorar a vida dos idosos com demência. O projeto, publicado na revista Geriatrics, Gerontology and Aging, destaca-se por sua capacidade de democratizar o acesso a cuidados de saúde, trazendo benefícios práticos e de baixo custo para uma população vulnerável e em crescimento no Brasil.
* Informações são da agência Fapesp
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