Protesto continua na Santa Casa após impasse sobre pagamento do 13º

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A falta de pagamento do décimo-terceiro salário levou funcionários da Santa Casa de Campo Grande a manterem manifestações pelo segundo dia consecutivo. Desde o início da manhã, profissionais de áreas administrativas e assistenciais se reúnem no acesso principal do hospital para pressionar a direção por uma solução imediata.

O movimento ocorre de forma parcial e não interrompe totalmente os atendimentos. Enquanto parte dos trabalhadores participa do protesto, outra parcela segue atuando nos serviços considerados essenciais. Sindicatos acompanham a mobilização e avaliam os próximos passos, incluindo a possibilidade de greve caso não haja avanço nas negociações.

Diferente do primeiro dia, o ato desta terça-feira foi marcado por barulho de panelas, apitos e gritos de protesto. A administração do hospital afirma que o funcionamento geral não sofreu impacto significativo até agora, mas admite que setores de apoio podem enfrentar dificuldades se o número de adesões aumentar.

A presidência da Santa Casa atribui o atraso a um cenário financeiro desequilibrado e à defasagem nos contratos de atendimento pelo SUS. Segundo a direção, não há recursos disponíveis em caixa, e a alternativa em estudo é a contratação de um empréstimo bancário para viabilizar o pagamento do benefício.

Além da mobilização dos funcionários, a crise avançou para a esfera judicial. Médicos decidiram ingressar com ações para cobrar o 13º salário, e a Justiça determinou que Estado e Município apresentem propostas para enfrentar a situação. O passivo estimado relacionado aos pagamentos chega a aproximadamente R$ 13 milhões.