4 semanas atrás
Projeto inédito no Brasil inclui pequenos produtores rurais de Dourados no mercado de crédito de carbono
Dourados acaba de dar um passo importante com a participação em um projeto inédito no Brasil, que coloca pequenos produtores rurais no mercado de crédito de carbono. Trata-se do Agroflorestar MS, coordenado pela Associação dos Produtores de Orgânicos de Mato Grosso do Sul).
Além de contribuir com o meio ambiente através das AGROflorestas, a produção, no caso das frutíferas, tem destino certo: o excedente é direcionado para a Cooperativa de Produtores Orgânicos de Mato Grosso do Sul (Coperapoms), que comercializa para o poder público. Essas frutas são distribuídas para instituições educacionais e outras entidades, garantindo um ciclo produtivo sustentável e socialmente responsável.
Atualmente, três produtores locais já estão com suas agroflorestas em funcionamento em Dourados, um sistema que promete trazer mais sustentabilidade e renda para quem vive no campo.
A meta do projeto é ambiciosa: incluir 800 pequenos produtores em todo o Estado, incentivando cada um a plantar 2,5 (dois hectares e meio) de agroflorestas. Com isso, o objetivo é atingir 2.000 hectares de áreas verdes nos próximos quatro anos.
O grande diferencial está na remuneração: as agroflorestas capturam o carbono da atmosfera, e essa "retenção" gera créditos de carbono, que podem ser vendidos para empresas ao redor do mundo, interessadas em compensar suas emissões de gases poluentes.
Esses créditos são mensurados por uma plataforma de alta tecnologia. Ela utiliza sensoriamento remoto para medir o crescimento das árvores e, com isso, comercializar os créditos de carbono no mercado internacional.
A agrofloresta proposta no projeto combina espécies nativas do Cerrado, como o Cumaru e o Jatobá, com árvores frutíferas. Essa diversidade melhora a produção, protege o meio ambiente e gera novas fontes de renda para os pequenos produtores. Além de ajudar no combate às mudanças climáticas, esses sistemas agroflorestais aumentam a resiliência do agricultor diante das adversidades do clima.
Mato Grosso do Sul tem como objetivo zerar as emissões de carbono até 2030, e essa iniciativa está alinhada com o Plano Nacional ABC+ de Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária. Agora, com o projeto Agroflorestar, a agricultura familiar também entra nesse compromisso, mostrando que é possível produzir de maneira sustentável e lucrativa.
•
Usamos os cookies e dados de navegação visando proporcionar uma melhor experiência durante o uso do site. Ao continuar, você concorda com nossa Política de Privacidade.