2 meses atrás
Plantas brasileiras viram “faxineiras” do solo e ajudam a limpar áreas contaminadas naturalmente

Cientistas brasileiros descobriram que algumas plantas nativas têm um superpoder: elas conseguem sugar metais pesados do solo e “dar aquela limpada” em áreas estragadas pela mineração ou indústrias. Esse processo natural se chama fitorremediação, e a ideia é usar a própria natureza pra fazer o serviço, sem precisar mexer no chão ou usar produtos químicos.
Essas plantas agem como filtros vivos, puxando para dentro de si substâncias tóxicas como níquel, zinco, manganês e cádmio. E o melhor: elas continuam crescendo normalmente, mesmo em solos envenenados. Por isso, são ótimas candidatas para projetos de recuperação ambiental no Brasil.
Vários pesquisadores de universidades brasileiras — como a Unesp, a UFV e a USP/Esalq — estão estudando essas plantas em áreas contaminadas de Minas Gerais. Além de limpar o solo, elas podem ser usadas para agromineração, que é quando os metais retirados da terra são reaproveitados depois que as plantas são colhidas. É tipo transformar mato em matéria-prima!
No Brasil, principalmente em regiões onde há mineração, como em MG, o solo está cheio de metais tóxicos que podem afetar a saúde das pessoas e dos animais. Casos como os de Mariana e Brumadinho mostraram que é urgente achar soluções mais seguras e sustentáveis pra lidar com isso.
A técnica é vantajosa: tem custo bem mais baixo que os métodos tradicionais, não agride o meio ambiente e ainda pode virar fonte de renda. O clima brasileiro também ajuda, já que essas plantas crescem rápido no calor e se adaptam fácil.
Além de ajudar na limpeza, essa ideia pode gerar empregos verdes e se encaixar direitinho na economia circular — quando tudo que é usado pode ser reaproveitado de forma inteligente. Ou seja, dá pra cuidar da natureza e ainda fortalecer a economia.
Mas nem tudo são flores. O processo pode demorar, e a planta contaminada precisa de um destino certo — não dá pra jogar fora de qualquer jeito. Por isso, a tecnologia, as políticas públicas e o apoio dos agricultores são fundamentais pra esse tipo de solução virar realidade.
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