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17/10/2024 12h00min - Ciência e Espaço
4 semanas atrás

Países emergentes fazem melhor o ‘dever de casa’ contra mudanças climáticas, diz estudo


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Fonte: Fonte Grande FM



Um novo relatório da organização RMI (Rocky Mountain Institute) especializada em sustentabilidade, revela que os países do Sul Global estão adotando tecnologias limpas em um ritmo mais rápido que os países do Norte Global. Segundo o estudo, três quartos da demanda de energia nas economias emergentes estão no “ponto ideal” para a transição para fontes renováveis. A pesquisa analisou fatores como importações de combustíveis fósseis, renda e recursos renováveis, além de destacar o crescimento da oferta de energia limpa nesses países.

Nos últimos cinco anos, a energia solar e eólica no Sul Global cresceu, em média, 23% ao ano, respondendo por 9% da eletricidade gerada na região. A diferença entre o Sul e o Norte Global em termos de adoção dessas fontes de energia renovável está diminuindo, com previsão de igualar-se até 2030. Em 2024, cerca de 87% dos investimentos em geração de eletricidade nos países emergentes serão destinados a energia limpa, mostrando um compromisso crescente com a sustentabilidade.

Um quinto dos países do Sul Global, incluindo Brasil, Marrocos e Vietnã, já superaram o Norte Global em participação de energia solar e eólica em sua matriz elétrica. Embora esses países representem 60% da população mundial, possuem apenas 20% das reservas de combustíveis fósseis, o que os torna grandes importadores de petróleo e gás. No entanto, possuem 70% do potencial global de fontes renováveis, colocando-os em uma posição estratégica para liderar a transição energética.

A China tem desempenhado um papel central nessa mudança, fornecendo tecnologias essenciais a preços mais baixos. Nos últimos anos, o custo de painéis solares caiu 60%, enquanto baterias e lítio registraram quedas significativas. Países do Sul Global se beneficiaram desse acesso à tecnologia chinesa, sem as tarifas que muitos países do Norte Global impuseram. A China investiu mais de US$ 100 bilhões em energia limpa desde 2023, dominando o desenvolvimento de energia solar global.

Com a aproximação da COP29, o relatório da RMI reforça a importância de políticas públicas que reflitam a nova realidade econômica da energia limpa. O papel da China como líder mundial em tecnologias renováveis e o avanço do Sul Global na adoção dessas soluções sugerem uma mudança significativa na dinâmica energética global, com impactos importantes no futuro do setor.



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Grande FM
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