3 meses atrás
Os riscos que os "alimentos fakes" escondem

A alta nos preços dos alimentos tem levado à proliferação de produtos modificados, conhecidos como "alimentos fakes", que imitam os originais, mas com ingredientes de qualidade inferior e alto teor de aditivos. Esses alimentos, como o "pó para preparo de bebida à base de café" e os compostos lácteos, confundem consumidores e podem trazer riscos à saúde. A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) alerta sobre o consumo de misturas irregulares e ressalta a importância de observar certificações e ingredientes.
Entre os problemas dos alimentos fakes estão as gorduras trans, presentes em produtos ultraprocessados, que aumentam o risco de doenças cardiovasculares. No caso do café, misturas de cereais e milho torrado podem indicar produtos falsificados, enquanto o leite e os compostos lácteos muitas vezes têm soro, açúcares e aditivos que reduzem seu valor nutricional. Produtos com termos como "tipo", "sabor" ou "estilo" frequentemente são versões baratas e menos nutritivas dos originais.
O consumo frequente desses produtos pode impactar negativamente a saúde de crianças, idosos e populações vulneráveis. Entre os riscos estão obesidade, hipertensão, deficiência nutricional e desenvolvimento de doenças crônicas. Adicionalmente, espessantes e conservantes presentes nesses alimentos afetam a digestão e a microbiota intestinal, enquanto o excesso de sódio agrava problemas cardiovasculares e ósseos, especialmente entre idosos.
Crianças, em especial, precisam de nutrientes para o desenvolvimento cognitivo e ósseo, mas a substituição de alimentos naturais por ultraprocessados pode causar prejuízos. Já entre os idosos, a necessidade de alimentos ricos em proteínas e minerais torna ainda mais crítico o consumo de alimentos de qualidade para evitar impactos na saúde cardiovascular e óssea.
Por outro lado, alternativas naturais e seguras podem substituir esses produtos falsos de maneira econômica. Comprar produtos a granel, optar por marcas regionais ou adquirir alimentos locais sem embalagens sofisticadas são estratégias para equilibrar custo e qualidade. É importante também priorizar alimentos minimamente processados para evitar os riscos associados aos ultraprocessados.
Escolhas informadas e a leitura cuidadosa de rótulos são essenciais para evitar os alimentos fakes. A conscientização sobre os impactos negativos desses produtos e a adoção de hábitos alimentares saudáveis são passos importantes para promover a saúde e o bem-estar, especialmente entre os grupos mais vulneráveis.
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