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OMS alerta: solidão afeta 1 em cada 6 pessoas no mundo e causa quase 900 mil mortes por ano

A solidão e o isolamento social afetam uma em cada seis pessoas no mundo e estão associados a cerca de 871 mil mortes por ano, segundo um estudo da Comissão sobre Conexão Social da Organização Mundial da Saúde (OMS). Esses problemas impactam pessoas de todas as idades, incluindo um terço dos idosos e um quarto dos adolescentes. A situação é crítica em países de baixa renda, onde 24% da população relata sentimentos de solidão, comparado a 11% nos países mais ricos.
Além de afetar a saúde mental, o estudo aponta que o isolamento também representa riscos físicos. Ele está ligado ao aumento de doenças cardíacas, diabetes, declínio cognitivo, depressão e morte prematura. Jovens solitários têm mais chances de apresentar baixo rendimento escolar, enquanto adultos nessa condição enfrentam maior dificuldade no mercado de trabalho. Os custos para os sistemas de saúde e para a economia também são elevados.
Para combater o problema, a comissão liderada por Vivek Murthy e Chido Mpemba recomenda incentivar conexões sociais por meio de políticas públicas. Entre as propostas estão a criação de espaços comunitários como bibliotecas e parques, campanhas de conscientização e a ampliação do acesso a cuidados psicológicos. A OMS ressaltou que fortalecer os vínculos entre as pessoas deve ser uma prioridade global.
A Suécia foi destacada como exemplo, por adotar uma estratégia nacional contra a solidão. O país promove interações sociais em espaços públicos e oferecerá cartões pré-pagos a crianças e adolescentes para que participem de atividades em grupo. Essas iniciativas reconhecem que o problema vai além da esfera individual, atingindo toda a sociedade.
Por fim, o uso excessivo de celulares também foi apontado como um obstáculo à conexão social. A Suécia, por exemplo, planeja proibir os dispositivos em escolas públicas, visando melhorar a qualidade das interações entre estudantes e reduzir o bullying virtual. A comissão enfatizou a importância de espaços livres de distrações tecnológicas, destacando que o contato humano vai além da fala — envolve gestos, olhares e silêncios que se perdem em interações exclusivamente digitais.
*Com informações : DW/TV Cultura
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