Oficinas reclamam de orçamento e contratempos com o Lata Velha

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Quadro de maior sucesso da história do Caldeirão, o Lata Velha garantiu momentos emocionantes para a carreira de Luciano Huck, mas colecionou alguns episódios intragáveis nos bastidores.

Ao longo de 16 anos, o Lata Velha foi alvo de críticas de participantes e até de processo judicial. Alguns proprietários de oficinas que trabalharam em carros para a atração conversaram com o UOL e falaram detalhes sobre os contratempos causados em cada projeto.

Tarso Marques, ex-piloto de Fórmula 1 e dono de uma empresa de customização, esteve à frente do projeto por cinco anos.

“Já tinha sido convidado para o quadro outras duas vezes, mas não aceitei porque era uma linha totalmente diferente da que eu trabalho. Eu faço carro com cara de carro, não carro alegórico. E essa foi a condição para que eu participasse”, disse.

Marques admitiu que o prazo para determinados carros era muito curto. Em projetos que ele passaria um ano trabalhando, a Globo exigia a entrega em oito, no máximo quinze dias:

“É um carro que não tem absolutamente nada. É realmente um lixo. A maioria não tem assoalho, tem rato dentro, vocês não têm ideia do estado que o carro chega. É um prazo muito pequeno, um orçamento extremamente apertado, tem coisas que temos que usar de patrocinadores e ainda precisa ser um carro útil para passear, trabalhar, desfilar”.

Outra empresa especializada, a Dimension, comentou sobre os sucessivos atritos com os produtores do Lata Velha:

“Nós éramos muito pressionados para fazer um carro com glamour para televisão, eles não se importavam se ele andava ou freava, por exemplo, tinha que ser um show-car. Sempre deixamos claro que, para a oficina, o quadro não é bom. Por isso nenhuma fica por muito tempo”.

A Globo não colocou o quadro do Caldeirão entre as novidades do Domingão com Huck. A nova produção prometeu novas atrações para a temporada 2022.

Por outro lado, o Caldeirão com Mion não manifestou qualquer possibilidade do quadro em seu catálogo.

RD1