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04/10/2025 12h00min - Cultura
5h atrás

Obra de Jonir Figueiredo, artista sul-mato-grossense passa a integrar acervo da Pinacoteca de SP


Divulgação ► 
Fonte: Fonte Campo Grande News



O quadro Mapa do Paraíso, da coleção Pantanal, do artista sul-mato-grossense Jonir Figueiredo, agora faz parte do acervo e ficará exposto na Pinacoteca de São Paulo. A obra que retrata a riqueza natural do bioma foi doada pela sobrinha e uma amiga de Jonir, artista que nos deixou há pouco mais de dois meses.

Thierry Freitas, curador da Pinacoteca, destacou a importância do Pantanal e pontuou a contribuição da obra para o acervo da instituição.

Fernanda Figueiredo, sobrinha do artista, lembrou do tempo em que ela e a irmã, ainda crianças, conviviam com Jonir no ateliê que ficava ao lado da casa da avó e onde elas passavam boa parte do tempo.

“Ele nos ensinava a traçar de maneira adequada e a usar pincéis pequenos e tinta guache. Todo o meu contato com a arte começou por meio dele”, lembrou.

Fernanda contou ainda que acompanhou de perto o crescimento do artista e viu seu desejo de conhecer outros estados e países, mas sempre sem esquecer o Pantanal, que sempre retratou em seus quadros.

O quadro em tinta sobre tela, de 2022, foi entregue nesta semana à Pinacoteca, e a documentação de transferência está em fase de finalização.

Quem foi Jonir Figueiredo - Jonir Figueiredo nasceu em Corumbá e fez carreira sólida na arte e cultura de Mato Grosso do Sul. Ele foi um artista multidisciplinar, desenhista, gravador, pintor, performer e produtor cultural.

A partir da década de 1970, integrou a “geração da divisão”, grupo artístico que buscou construir uma identidade própria para o recém-criado estado de Mato Grosso do Sul. Também foi cofundador do Movimento Cultural Guaicuru, cujo foco era expressar, pelas artes visuais, os mitos da fronteira, a ancestralidade rupestre e a fauna pantaneira.

Uma fase marcante de sua produção é conhecida como “fase dos jacarés”, nos anos 1980, em que suas obras visavam refletir preocupações ambientais emergentes. Ao longo de sua carreira, foi reunindo temas que dialogam com a memória, o território pantaneiro, os mitos locais e a identidade regional.

Além de sua produção artística, Jonir sempre esteve envolvido em projetos de incentivo à cultura, exposições, festivais, debates e políticas públicas referentes às artes visuais.

Jonir Figueiredo morreu aos 73 anos na madrugada do dia 26 de julho, enquanto participava do Festival Bonito Cinesur, em Bonito.



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