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24/05/2024 11h00min - Agricultura
6 meses atrás

O papel do Brasil no mercado global de cana-de-açúcar


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Fonte: Fonte Agrolink



A produção de cana-de-açúcar é um dos pilares da economia agrícola mundial, com o Brasil desempenhando um papel central nesse cenário. No contexto atual, diversos fatores climáticos e econômicos estão moldando o mercado global de açúcar, impactando diretamente as operações e estratégias dos produtores brasileiros. Este artigo visa oferecer uma visão detalhada sobre o estado atual da cana-de-açúcar no Brasil, destacando suas operações de mercado e os desafios enfrentados.

A produção global de açúcar está projetada para aumentar em 2,5 milhões de toneladas, atingindo 186 milhões de toneladas em 2024/25 . No entanto, espera-se que a menor produção no Brasil mais do que compense os aumentos observados na Tailândia, Índia, China e México. O consumo deve atingir um novo recorde, impulsionado pelo crescimento em mercados como Índia e Paquistão. As exportações globais, por sua vez, estão projetadas para diminuir devido à redução dos embarques do Brasil, Índia e Tailândia. Os estoques globais também devem diminuir, já que a redução dos estoques na Tailândia mais do que compensará o aumento na Índia.

A produção brasileira de açúcar está projetada para diminuir em 1,5 milhão de toneladas, totalizando 44 milhões de toneladas, devido ao clima desfavoravelmente seco que limita a disponibilidade de cana-de-açúcar para moagem. No entanto, essa produção ainda será a segunda maior já registrada. A proporção da produção destinada ao açúcar em comparação ao etanol deverá aumentar, passando de 49% para 51% para o açúcar e de 51% para 49% para o etanol. O consumo e as exportações brasileiras estão projetados para permanecerem inalterados.

Os ajustes nas previsões para o ano de comercialização 2023/24 indicam uma produção global estável em 183,5 milhões de toneladas. Para o Brasil, a produção foi revisada para cima em 4,5 milhões de toneladas, alcançando 45,5 milhões, devido aos preços favoráveis que incentivaram os produtores a priorizarem a produção de açúcar sobre o etanol. Em contrapartida, a Tailândia e o México tiveram suas produções revisadas para baixo devido à redução na produção de cana e menores taxas de extração de açúcar, enquanto a Índia também viu sua produção revisada para baixo em 2 milhões de toneladas devido a condições climáticas desfavoráveis e menor área colhida.

O consumo interno de açúcar no Brasil está estabilizado em 9,5 milhões de toneladas, com pouca variação nos últimos anos. A demanda por etanol como combustível continua a influenciar o mercado, especialmente com a recuperação dos preços do petróleo, que torna o etanol uma opção mais atraente para os consumidores brasileiros.



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Agrolink
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