2 semanas atrás
Novo regramento ambiental e monitoramento via satélite ajudam a reduzir supressão vegetal no Pantanal

O bioma Pantanal apresentou a maior redução percentual de desmatamento entre todos os biomas brasileiros, segundo o MapBiomas Alerta. Em 2023, foram registrados 56.304 hectares suprimidos, número que caiu para 23.295 hectares em 2024, uma redução de 58,6%. Essa diminuição expressiva foi atribuída ao monitoramento via satélite do Imasul e ao novo regramento ambiental estabelecido pela Lei do Pantanal.
O secretário-adjunto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, Artur Falcette, destacou que vários fatores contribuíram para essa redução. A nova legislação ambiental, combinada com ações de fiscalização e monitoramento eficiente, desempenhou um papel essencial na contenção do desmatamento. O sistema MapBiomas Alerta, que compila alertas de diferentes sistemas de sensoriamento remoto, tem sido crucial para detectar alterações na vegetação em tempo real.
A nova Lei do Pantanal, aprovada em dezembro de 2023, foi determinante para a preservação ambiental. Ela estipula que propriedades rurais devem conservar parte da cobertura vegetal e impõe restrições à supressão da vegetação nativa. Além disso, cultivos agrícolas exóticos, como soja e cana-de-açúcar, foram proibidos, salvo exceções específicas.
O titular da Semadesc, Jaime Verruck, ressaltou a importância do Fundo do Clima Pantanal, que financia programas de pagamento por serviços ambientais prestados por moradores da região. Essa iniciativa busca incentivar produtores rurais a adotarem práticas de preservação, reforçando a mudança comportamental e promovendo a conservação do bioma.
O impacto das medidas governamentais foi significativo, freando o avanço do desmatamento nos biomas brasileiros. No Pantanal, a área desmatada vinha crescendo de forma preocupante nos últimos anos, mas a tendência foi revertida em 2024. Outros biomas, como Pampa e Cerrado, também registraram quedas expressivas na área desmatada, enquanto a Mata Atlântica manteve-se estável.
Embora os resultados sejam animadores, Falcette frisou que ainda há desafios a serem enfrentados. Ele reforçou a importância do reconhecimento dos proprietários rurais que contribuem para a conservação do bioma e da continuidade das ações de fiscalização, regulamentação e incentivos econômicos para preservar o Pantanal.
*fonte: Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul
•
Usamos os cookies e dados de navegação visando proporcionar uma melhor experiência durante o uso do site. Ao continuar, você concorda com nossa Política de Privacidade.