5h atrás
Nobel de Química 2025 reconhece criação de cristais porosos que ampliam fronteiras da ciência e oferecem soluções ambientais inovadoras.

Três cientistas — Susumu Kitagawa, Richard Robson e Omar Yaghi — foram reconhecidos com o Prêmio Nobel de Química de 2025 por criarem estruturas inovadoras chamadas MOFs, que têm grande potencial em aplicações ambientais e tecnológicas.
Essas estruturas, conhecidas como estruturas metal-orgânicas, são compostas por redes cristalinas com espaços internos que permitem capturar e armazenar moléculas como água, gases e poluentes. Elas superam materiais porosos tradicionais em flexibilidade e capacidade de adaptação.
A ideia inicial surgiu com Richard Robson, que em 1989 combinou íons metálicos com moléculas específicas, formando cristais regulares e com cavidades. Essa descoberta mostrou que era possível construir materiais organizados em escala atômica.
Na década seguinte, Susumu Kitagawa avançou ao demonstrar que essas estruturas podiam ser estáveis e funcionais. Em 1997, ele criou materiais capazes de absorver e liberar gases sem perder a forma, introduzindo o conceito de cristais flexíveis.
Omar Yaghi consolidou o campo ao nomear essas estruturas como MOFs em 1995 e apresentar o MOF-5 em 1999, com alta resistência térmica e grande área interna. Ele também desenvolveu uma técnica de montagem planejada, permitindo criar diversas variações com propriedades específicas.
Hoje, os MOFs são usados em áreas como meio ambiente, energia e saúde. Eles ajudam a capturar gases poluentes, armazenar combustíveis limpos, liberar medicamentos de forma controlada e até prolongar a vida útil de alimentos. O Nobel destacou que esses materiais abriram novas possibilidades para a química moderna.
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