Nobel de Física 2025 premia descoberta de efeitos quânticos em circuitos elétricos

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A Academia Real das Ciências da Suécia anunciou nesta terça-feira (07) os vencedores do Prêmio Nobel de Física de 2025: John Clarke (Reino Unido), Michel H. Devoret (França) e John M. Martinis (EUA). Os três cientistas, ligados a universidades norte-americanas, dividirão igualmente o prêmio de 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 6,2 milhões).

A premiação reconhece a descoberta de efeitos quânticos em circuitos elétricos macroscópicos, demonstrando que as leis da física quântica também se aplicam a sistemas grandes o suficiente para caber na palma da mão. Os pesquisadores utilizaram supercondutores e junções Josephson para observar o fenômeno do túnel quântico.

Os experimentos mostraram que esses circuitos agem como uma única partícula gigante, obedecendo às regras da mecânica quântica. Também foi comprovado que o sistema absorve e emite energia em quantidades específicas, fenômeno conhecido como quantização de energia.

A descoberta abriu caminho para avanços na computação quântica, sensores de precisão e criptografia. Martinis, por exemplo, usou os princípios descobertos para desenvolver os primeiros qubits, fundamentais para computadores quânticos capazes de resolver problemas complexos em segundos.

Clarke, 83 anos, é professor na Universidade da Califórnia, Berkeley; Devoret, 72, atua nas universidades de Yale e Califórnia, Santa Bárbara; e Martinis, 67, também é professor na Califórnia, Santa Bárbara, sendo referência em circuitos quânticos.

Desde 1901, o Nobel de Física já premiou mais de 200 cientistas. A láurea em Medicina foi anunciada primeiro, e os prêmios em Química, Literatura, Paz e Economia serão divulgados ao longo da semana.