Naufrágio fatal de Iate na Sicília leva à abertura de investigação por homicídio culposo

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Um promotor italiano iniciou uma investigação de homicídio culposo em resposta ao trágico naufrágio de um iate de luxo na costa da Sicília, que resultou na morte de sete pessoas, incluindo o magnata britânico da tecnologia, Mike Lynch. O incidente ocorreu na última segunda-feira (19) durante uma forte tempestade que atingiu a região de Porticello, perto de Palermo.

O iate de 56 metros de comprimento, pertencente à família Lynch, virou e afundou rapidamente, levando à morte de seis passageiros e um membro da tripulação. Entre as vítimas estava Hannah Lynch, filha do magnata, cujo corpo foi encontrado por mergulhadores na sexta-feira (23). Os outros cinco passageiros falecidos foram recuperados nos dias 21 e 22 de agosto, enquanto o corpo do chefe de bordo, Recaldo Thomas, foi encontrado no primeiro dia de buscas.

O chefe do gabinete da promotoria pública de Termini Imerese, Ambrogio Cartosio, anunciou a abertura da investigação em uma coletiva de imprensa, ressaltando que, até o momento, não há nenhum suspeito identificado. O objetivo da investigação é determinar se houve negligência que contribuiu para o naufrágio.

O capitão e os sobreviventes já foram interrogados pela guarda costeira, mas nenhum deles forneceu informações públicas sobre as causas do acidente. Especialistas destacam que um iate como o "Bayesian", construído pelo renomado fabricante italiano Perini, deveria ter sido capaz de resistir à tempestade, levantando dúvidas sobre o que poderia ter causado o afundamento tão rápido da embarcação.

Para ajudar a esclarecer o ocorrido, a remoção do iate do fundo do mar, onde se encontra a uma profundidade de 50 metros, é considerada crucial. No entanto, essa operação é vista como complexa e custosa, mas pode ser essencial para determinar as causas do acidente e apurar possíveis responsabilidades.