Missão SpaceX Crew-5 vai levar a primeira mulher indígena ao espaço

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Programado para o dia 29 de setembro, o lançamento do próximo voo tripulado da SpaceX à Estação Espacial Internacional (ISS) será histórico.  Além de ser a primeira vez que uma espaçonave Dragon vai ter entre tripulantes uma cosmonauta (como são chamados os astronautas russos), a missão Crew-5 será também a primeira a levar ao espaço uma astronauta indígena.

Nicole Aunapu Mann é membro da nação Wailacki, uma das tribos indígenas nativas do norte da Califórnia. Engenheira mecânica e aviadora naval, ela já serviu no Iraque e no Afeganistão e registrou mais de 2.500 horas de voo em 25 tipos diferentes de aeronaves, de acordo com o jornal Universe Today.

Entre outros destaques em sua carreira na NASA, Nicole também ajudou a construir o Space Launch System (SLS), o enorme megafoguete lunar do programa Artemis, cujo primeiro voo é aguardado para o fim de agosto.

Em entrevista ao site Indian Country Today, ela se disse muito emocionada por representar seu povo no espaço. “Acho importante que comuniquemos isso à nossa comunidade, para que outras crianças nativas, se achassem que talvez não fosse uma possibilidade, perceberem que algumas dessas barreiras que existiam estão realmente começando a ser derrubadas”.

Essa é uma conquista que realmente deve ser comemorada, principalmente tendo em vista que a NASA tem um longo histórico de exclusão — algo que a agência tem tentado mudar nos últimos anos. 

Prova disso é a diversidade da equipe de 18 astronautas selecionados para integrarem as missões tripuladas para a Lua, composta por pessoas de gêneros e nacionalidades distintas. Como Nicole faz parte desse time, ela tem a chance de se tornar a primeira mulher da história da humanidade a pisar em solo lunar. 

“Esse sentimento de emoção é realmente avassalador”, disse ela quando recebeu a notícia. “É a melhor maneira que posso descrever”.

Além de Nicole e da cosmonauta Anna Kikina, a missão Crew-5 terá entre seus tripulantes o norte-americano Josh Cassada e o japonês Koichi Wakata.

Fonte: Olhar Digital