4 meses atrás
Mato Grosso do Sul paga R$ 105 milhões por sistema que é oferecido de graça pelo governo federal
Mensalmente, aproximadamente R$ 1,5 milhão é desembolsado pelos cofres públicos para a empresa Compnet Tecnologia Eireli fornecer o sistema SIGO (Sistema Integrado de Gestão Operacional) às forças de segurança de Mato Grosso do Sul. O contrato totaliza R$ 59 milhões. No entanto, desde a implantação do sistema, o estado já investiu R$ 105 milhões em um sistema policial próprio nos últimos dez anos.
Por outro lado, o Governo Federal, através do Ministério da Justiça, disponibiliza gratuitamente o Sinesp (Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais, de Rastreabilidade de Armas e Munições, de Material Genético, de Digitais e de Drogas), que desempenha as mesmas funções do SIGO.
O sistema cobre todos os principais pontos descritos no contrato que justificam a contratação da Compnet, que ocorreu sem licitação e é alvo de uma ação de improbidade administrativa pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). Recentemente, a empresa foi multada em R$ 11,3 milhões pela CGE (Controladoria-Geral do Estado), que identificou fraude no contrato.
Os pontos de integração incluem forças policiais, penitenciárias e de trânsito, estatísticas, sistema de CAD (regulação de chamadas via números de emergência). Além disso, o sistema é 100% operado via internet (usando navegadores) e possui ferramentas para gráficos estatísticos e análises georreferenciadas, além de suporte técnico 24 horas, segundo o Ministério da Justiça.
Essa afirmação contraria a justificativa do Governo do Estado no processo, que alegou que o sistema SIGO padronizou e conectou as unidades policiais do estado, que antes não tinham interconexão de dados ou conhecimento.
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