2 semanas atrás
Mato Grosso do Sul inicia plano de recolhimento de vacina oral contra pólio no sábado
A partir de sábado (28), a SES (Secretaria Estadual de Saúde) começa a recolher as doses de vacina oral contra a poliomielite, em seguimento ao plano nacional do Ministério da Saúde, de substituir este tipo de imunizante pela VIP (Vacina Inativada Poliomelite).
Conforme o Ministério da Saúde, a substituição no Brasil foi amplamente discutida em Reunião da CTAI (Câmara Técnica Assessora em Imunizações) e recebeu aval do colegiado.
A coordenadora estadual de Imunização da SES, Ana Paula Goldfinger, disse que realizou reunião web com os 79 municípios para explicar a logística reversa, de recolhimento da VOPb (Vacina Oral Poliomielite Bivalente), que deve seguir processo rigoroso de segurança biológica. “Por ter o vírus vivo, a VOPb precisa ser descartada de maneira correta para evitar riscos e contaminações no solo. Após todas as doses serem devolvidas a Rede Frio, nós enviaremos ao PNI [Programa Nacional de Imunizações] para o descarte correto”, explicou.
A partir de segunda-feira (30), a imunização contra a pólio em Mato Grosso do Sul passará a ser feita exclusivamente com a VIP, antecipando o calendário nacional do Ministério da Saúde, que definiu o dia 4 de novembro como data de início da aplicação exclusiva da vacina injetável.
Calendário - Atualmente, o esquema vacinal contempla a administração de três doses da VIP aos 2, 4 e 6 meses e duas doses de reforço da VOPb, a gotinha, aos 15 meses e aos 4 anos de idade.
Com a mudança, será necessária apenas uma dose de reforço com VIP, aos 15 meses de idade, de modo que o esquema vacinal com o referido imunobiológico será:
2 meses – 1ª dose
4 meses – 2ª dose
6 meses – 3ª dose
15 meses – dose de reforço
Cobertura - A nova estratégia para uso da vacina injetável é mais um passo na erradicação da poliomielite no Brasil. O país está há 34 anos sem a doença.
Em Mato Grosso do Sul, a cobertura vacinal com a vacina injetável alcançou 90,97% do público-alvo e a vacina oral 82,96%. Já em 2024, até o momento, a VIP tem cobertura de 87,75 e a VOP de 88,19%, segundo dados do Portal Demas (Departamento de Monitoramento, Avaliação e Disseminação de Informações Estratégicas em Saúde).
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