Mato Grosso do Sul aposta na citricultura e mira 100 mil hectares de laranja até 2030

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Mato Grosso do Sul intensificou sua estratégia para transformar o Estado em referência nacional na citricultura e atrair novos investimentos. Durante o MS Citrus Summit, realizado em Três Lagoas nesta quinta-feira (11), o secretário da Semadesc, Jaime Verruck, destacou que o objetivo é ampliar a área plantada de laranja para 100 mil hectares até 2030, consolidando um pacote completo de incentivo ao setor.

Ao lado de produtores e empresários, o governador Eduardo Riedel reforçou que o Estado reúne condições favoráveis para o avanço da cultura, como segurança jurídica, mão de obra capacitada e ambiente propício para futura redução fiscal. Ele também ressaltou que municípios como Três Lagoas, Cassilândia e Água Clara já apresentam expansão significativa, contribuindo para a diversificação econômica da região.

A programação do evento, que começou na quarta-feira (10), discutiu práticas sustentáveis e políticas para impulsionar a cadeia produtiva. Dados da Semadesc mostram que MS já contabiliza mais de 15 mil hectares em produção e cerca de 7 milhões de mudas implantadas. A expectativa é ampliar mais 80 mil hectares nos próximos anos, com projeção de chegar a 50 mil hectares plantados até 2030 apenas na etapa inicial de expansão.

O setor também ganhou destaque pela proximidade da Costa Leste com o parque industrial de São Paulo, o que facilita o processamento do suco. Representantes do Fundecitrus afirmaram que o Estado apresenta condições ideais para produzir fruta de alta qualidade, reforçando o potencial para gerar sucos considerados “premium” no mercado internacional.

Além da chegada de novas empresas, investimentos expressivos já estão em curso. Um dos projetos prevê 4,8 mil hectares plantados até 2026, com capacidade futura de produzir 8 milhões de caixas de laranja por ano e recursos que podem alcançar R$ 1 bilhão. Outros grupos, como o Agro Terena e o Grupo Junqueira Rodas, também expandem suas áreas, fortalecendo o cinturão citrícola sul-mato-grossense e atraindo produtores que buscam áreas livres do greening — doença combatida com rigor pela legislação estadual.