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15/09/2025 17h30min - Geral
7h atrás

Mapa global de solos revela que agricultura intensiva reduz carbono e agrava mudanças climáticas


Imagem: Cedida pelo pesquisador ► 
Fonte: Fonte Grande FM



Pesquisadores da USP lançaram o primeiro mapa global de solos em alta resolução, resultado de seis anos de trabalho com dados de satélites, amostras de campo e inteligência artificial. O estudo envolveu mais de 50 cientistas de diversos países e revela que grande parte dos solos do planeta é arenosa, com baixa capacidade de retenção de água e nutrientes, o que afeta diretamente a produtividade agrícola e o equilíbrio ambiental.

“O estudo teve como objetivo elaborar o primeiro mapa global de solos em alta resolução, nesse caso, 90 metros, combinando observações de satélite, dados de campo e inteligência artificial”, afirma ao Jornal da USP o professor Raul Roberto Poppiel, um dos coordenadores do projeto. 

O levantamento mostra que a agricultura intensiva tem reduzido significativamente o estoque de carbono nos solos. Solos agrícolas apresentam, em média, 60% menos carbono do que aqueles sob vegetação nativa. Essa perda compromete o potencial dos solos de ajudar no combate às mudanças climáticas, já que o carbono orgânico é essencial para a saúde do solo e para a retenção de gases de efeito estufa.

Além disso, os solos agrícolas têm pH mais elevado, resultado do uso contínuo de fertilizantes e corretivos. Isso altera a composição natural do solo e pode afetar a biodiversidade subterrânea. O estudo também aponta que 75% do carbono armazenado em solos agrícolas está concentrado nas dez maiores economias do mundo, o que destaca a responsabilidade dessas regiões em adotar práticas mais sustentáveis.

Para enfrentar esse desafio, os pesquisadores recomendam mudanças no manejo agrícola. Entre as práticas sugeridas estão o plantio direto, o uso de culturas de cobertura, sistemas agroflorestais e a redução do revolvimento do solo. Essas técnicas ajudam a conservar a matéria orgânica, melhorar a retenção de água e aumentar a resiliência dos sistemas agrícolas frente às mudanças climáticas.

*Fonte: Jornal da USP



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