Mais de 230 organizações pedem suspensão nacional de novos data centers nos EUA

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A expansão acelerada de data centers nos Estados Unidos voltou a gerar pressão política após mais de 230 organizações ambientais, de saúde e de defesa do consumidor enviarem uma carta ao Congresso pedindo a suspensão temporária de novas construções. Segundo os grupos, o crescimento dessas estruturas, impulsionado especialmente pela inteligência artificial e por operações de criptomoedas, está criando riscos econômicos e ambientais que exigem resposta imediata.

As entidades, entre elas Food & Water Watch, Greenpeace e Physicians for Social Responsibility, afirmam que o setor tem avançado sem regulamentação adequada, resultando em aumento das tarifas de energia, pressão sobre recursos hídricos e maior dependência de infraestrutura baseada em gás. Para os signatários, esse cenário ameaça tanto o clima quanto a qualidade de vida de comunidades próximas às operações.

Um levantamento recente mostra que cerca de 20 projetos foram paralisados entre março e junho, fruto da mobilização de moradores preocupados com impactos locais. O consumo crescente de eletricidade por operações de IA também tem influenciado debates políticos, tornando-se tema recorrente nas eleições municipais deste ano devido ao encarecimento da conta de luz.

Além dos custos energéticos, as organizações alertam para o risco hídrico associado a grandes data centers. Estimativas da Food & Water Watch apontam que, até 2028, essas instalações podem utilizar volumes de água equivalentes ao consumo doméstico anual de até 18,5 milhões de residências, ampliando a preocupação sobre a sustentabilidade desses empreendimentos.

Diante desse cenário, os grupos defendem que nenhuma nova instalação seja aprovada sem regras mais rígidas para avaliar emissões, consumo energético e uso de recursos naturais. Para eles, somente uma regulação robusta permitirá equilibrar o avanço tecnológico com a proteção ambiental e a segurança das comunidades.