11h atrás
Mais da metade das pessoas pretas e pardas não sabe como denunciar quando é vítima de racismo
TV Cultura / UOL
Um estudo realizado pelos institutos Orire e Sumaúma mostrou que 52% das pessoas pretas e pardas ainda não sabem quais caminhos devem seguir para denunciar o crime de racismo.
A pesquisa revelou que 8 em cada 10 vítimas (83,9%) nunca registraram um boletim de ocorrência. E apenas 47,5% pretos e pardos conhecem a legislação antidiscriminatória do país.
O levantamento aponta que a falta de clareza sobre como denunciar o racismo, além da baixa confiança na justiça, contribuem para a impunidade.
"Nós não temos pessoas negras com a caneta na mão, como diz o espaço de poder para falar: "Não, isso aqui tem que estar na legislação, o posicionamento tem que mudar". Nós não temos, são só homens brancos, cis, héteros, economicamente ativos que não tem interesse algum que é essa lei, que essa que esse crime vá para a frente", afirma Estevão Silva, presidente da Assoc. Nac. da Advocacia Negra.
Se para parte da sociedade ainda há desinformação, para quem conhece a lei, há esperança de avanço. Desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) equiparou injúria racial ao crime de racismo, em 2021, o número de novos processos judiciais subiu. Entre os anos de 2022 e 2025, os registros de ações mais que dobraram.
A injúria racial é uma ofensa à honra de alguém pela raça, cor, etnia, religião ou origem. Já o racismo atinge a coletividade. Crimes que não prescrevem e que devem ser denunciados às delegacias, aos Ministérios Públicos ou às Defensorias Públicas.
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