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13/08/2022 09h45min - Brasil
3 anos atrás

Mais curto, horário eleitoral na TV ainda repercute em outras mídias, dizem especialistas

Propaganda política no rádio e na televisão é exibida no Brasil desde 1965 e já teve mais de duas horas de duração em 1989; em 2018, caiu para 12 minutos

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Fonte: Fonte Grande FM



Exibido há mais de meio século no Brasil, o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão estreia em 26 de agosto, pela manhã e à noite, aproximando os eleitores dos candidatos e de suas propostas. A propaganda dura até 29 de setembro e, em caso de segundo turno, voltará ao ar de 7 a 28 de outubro. O primeiro turno das eleições está previsto para ocorrer em 2 de outubro, e o segundo, em 30 de outubro.

Nesses períodos, as campanhas políticas irão brigar pela atenção dos espectadores com concorrentes que vão do programa de decoração da TV a cabo ao filme ou série recém-lançada no streaming, passando pelo podcast e o game online.

Com tanta oferta de entretenimento, as perguntas a serem feitas são: quem ainda assiste ao horário político? O tempo de TV de cada candidato vai ter algum impacto no resultado das urnas em 2022?

“Acho que só vai pegar se alguma coisa que o candidato fizer virar meme”, brinca o publicitário baiano Fernando Barros, fundador da agência Propeg e mentor de mais de 30 campanhas eleitorais, como a de Antônio Carlos Magalhães para governador da Bahia, em 1991, e a de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República, em 1994.

O horário eleitoral gratuito existe desde 1965. Em 1989, nas primeiras eleições depois de 28 anos de ditadura militar, chegou a ter 2 horas e 30 minutos de duração, dividido em dois horários.

Já naquela edição, quando a TV aberta reinava sozinha nos lares brasileiros e só concorria com o videocassete e os filmes alugados em locadoras, o tempo de TV de cada candidato não necessariamente impactava no resultado das eleições.

Com o passar dos anos, e com a audiência caindo a cada eleição, a duração do horário eleitoral foi diminuindo. O tempo de TV de cada candidato continua sendo definido de acordo com a representatividade de cada chapa no Congresso nas eleições gerais anteriores.

As redes sociais, ao contrário, serão, como em 2018, novamente a bola da vez. “O que vai acontecer é que as pessoas vão ver os destaques do que saiu no horário eleitoral por suas redes sociais”, diz Barros.

Na internet, diz ele, graças à análise de dados, as mensagens são personalizadas de acordo com as preferências do usuário. E isso muda o tipo de mensagem que o político propaga.

Tudo vai ser analisado para inundar quem já é simpático a um determinado candidato com material que o faça continuar dando apoio ao político e ainda espalhar aquilo tudo para outras pessoas.

“Nas redes, o candidato fala para o seu grupo. Na TV, ele tenta pescar o eleitor do outro. Por isso, ele elabora mais o discurso.”

Nestas eleições, com um fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões, boa parte desse dinheiro deve ir para as redes, uma vez que é a mídia que mais cresce, em detrimento da TV.

Os times de campanha vão monitorar o crescimento das curtidas e dos compartilhamentos de cada publicação de um determinado candidato num intervalo de tempo específico.

Também terão que ser monitorados o volume de conversas que o candidato mobiliza nas redes sociais, a quantidade de usuários únicos falando sobre ele, a audiência que seu conteúdo alcança com base nos seguidores de quem compartilha o conteúdo.

“É muito trabalho. Logo, a divisão que cuidará dessa mídia nas campanhas vai gastar muita pestana para ficar 24 horas no radar monitorando os ciclos, os picos e o movimento dos cliques”, comenta Barros.

O Debate

 As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.

O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e  plataformas digitais.

Fonte; CNN Brasil



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