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28/07/2025 13h00min - Tecnologia
2 meses atrás

Maior túnel imerso do mundo inspira projeto brasileiro entre Santos e Guarujá


Imagem reprodução ► 
Fonte: Fonte Grande FM



O túnel que ligará Santos a Guarujá, no litoral paulista, será o primeiro do tipo imerso no Brasil, com 870 metros de extensão. A técnica de construção empregada será semelhante à utilizada em uma megaconstrução europeia: o túnel que conectará Dinamarca e Alemanha, tornando-se o maior do mundo na categoria, com impressionantes 18 quilômetros.

Diferente dos túneis escavados com grandes máquinas, o sistema imerso usa módulos pré-fabricados de concreto assentados no fundo do mar. Essa abordagem permite maior agilidade na obra, menor impacto ambiental e custos potencialmente reduzidos. Os módulos são colocados em valas cavadas e conectados subsequencialmente, o que evita escavações profundas sob o leito aquático.

Na Europa, o túnel dinamarquês-alemão está sendo feito com 79 blocos gigantes, cada um com 217 metros de comprimento, 42 metros de largura, 9 metros de profundidade e 73 mil toneladas — o equivalente a dez Torres Eiffel. A instalação ocorre a 40 metros abaixo da superfície do Mar Báltico, entre as cidades de Rødbyhavn (Dinamarca) e Puttgarden (Alemanha).

Para dar suporte logístico à obra, foi erguida uma fábrica de 220 hectares em Rødbyhavn. A data para imersão do primeiro módulo ainda não foi definida, mas a previsão é que essa etapa seja concluída até 2029. O custo total do projeto europeu é de € 7,4 bilhões (cerca de R$ 46,5 bilhões), incluindo duas pistas rodoviárias e duas linhas ferroviárias eletrificadas.

Segundo a empresa responsável, Femern A/S, as operações são extremamente sensíveis ao clima e exigem embarcações especializadas para posicionar cada bloco com precisão. O túnel já tem partes terrestres construídas e cobertas com água, aguardando a conexão inicial dos módulos imersos.

Já no Brasil, o projeto Santos-Guarujá usará seis módulos pré-moldados, produzidos em uma doca seca e depois testados quanto à vedação. Após flutuação até o local, serão submersos e posicionados no fundo do canal. A proposta traz não apenas uma solução moderna para mobilidade urbana, mas também um salto tecnológico na engenharia brasileira.



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