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02/12/2025 19h00min - Geral
3 dias atrás

Maior navio sísmico do mundo retorna ao RS para explorar petróleo na Bacia de Pelotas


Foto divulgação ► 
Fonte: Fonte Grande FM



O maior navio de pesquisa sísmica do mundo, o SW Empress, está novamente no litoral sul do Brasil. A embarcação, operada pela empresa norueguesa Shearwater, retomou suas atividades na Bacia de Pelotas, utilizando o Porto de Rio Grande como base logística para operações em alto-mar.

Com cerca de 80 profissionais a bordo, entre técnicos e pesquisadores, o navio inicia uma nova fase de estudos voltados ao mapeamento do subsolo marinho. O cronograma prevê que os trabalhos se estendam até o segundo semestre de 2026.

O Porto de Rio Grande tem papel estratégico no suporte às operações. Embarcações auxiliares atracam regularmente para abastecimento, troca de tripulação e transporte dos dados coletados. Essas informações são levadas para centros de processamento da Shearwater, onde passam por análises detalhadas.

Os resultados da pesquisa sísmica são posteriormente comercializados e repassados à Petrobras, responsável pelos blocos exploratórios da região. O levantamento atual é do tipo 3D, cobrindo uma área de aproximadamente 17,3 mil km², localizada a 156 quilômetros da costa, próxima a Santa Vitória do Palmar.

O SW Empress impressiona pelo porte: são 122 metros de comprimento e 22 metros de largura. A embarcação já havia atuado na região em 2024, quando a Shearwater investiu cerca de R$ 400 milhões em estudos sísmicos.

Pesquisadores apontam indícios geológicos promissores na área. Segundo o geólogo Giovani Cioccari, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), há sinais de hidrocarbonetos, mas apenas os estudos sísmicos e futuras perfurações poderão confirmar o real potencial da bacia.

Além da Shearwater, outras empresas como TGS, Viridien e SLB WesternGeco também possuem licença para atuar no litoral sul. O processo de autorização é conduzido pelo Ibama, que avalia impactos ambientais, como riscos à pesca e às aves oceânicas. O movimento reforça o interesse contínuo da indústria de petróleo na margem sul brasileira.



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