3 meses atrás
Lula propõe sistema financeiro alternativo no Brics e critica desigualdades globais na cúpula
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tornou-se defensor da criação de meios de pagamento alternativos entre os países do Brics para reduzir vulnerabilidades no sistema financeiro internacional. Durante a 16ª Cúpula de Líderes do Brics, realizada na Rússia, Lula argumentou que a medida não busca substituir moedas nacionais, mas sim criar uma ordem financeira mais justa, refletindo a multipolaridade mundial. O presidente destacou também a importância de combater as assimetrias globais e promover uma governança mais inclusiva.
Lula teve a criação de um Mecanismo de Cooperação Interbancária, que facilitará o crédito em moedas locais entre os países do Brics, beneficiando pequenas e médias empresas. Ele também elogiou o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), que, sob a liderança de Dilma Rousseff, já financiou cerca de 100 projetos com um investimento de US$ 33 bilhões, focados em fortalecer economias e promover uma transição justa.
O presidente criticou a concentração de investimentos em países desenvolvidos, ressaltando que o Brics representa 36% do PIB global, mas ainda enfrenta dificuldades para atrair fluxos financeiros financeiros. Lula também enfatizou a importância da democratização tecnológica, destacando a necessidade de maior acesso a vacinas, medicamentos e inteligência artificial, e criticou a desigualdade gerada por essas inovações.
Além disso, Lula reiterou sua posição contra as guerras no Oriente Médio e na Europa, destacando a crise humanitária em Gaza e a urgência de negociações de paz entre Ucrânia e Rússia. O Brasil assumirá a presidência do Brics em 2025 e, segundo Lula, sua gestão se concentrará em fortalecer a cooperação Sul-Sul e promover uma governança global mais inclusiva e sustentável.
Lula também agradeceu o apoio dos membros do Brics à presidência brasileira do G20 em 2024 e reforçou o compromisso com a redução da desigualdade e o combate à fome, temas centrais para a cúpula que ocorrerão no Rio de Janeiro. Por fim, o presidente sublinhou o papel do Brics no combate às mudanças climáticas, exigindo maior responsabilidade dos países ricos e ações urgentes para limitar o aquecimento global.
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