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06/08/2025 10h00min - Economia
1 mês atrás

KC-390: Embraer aposta em produção nos EUA para escapar de tarifas e conquistar mercado militar americano


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Fonte: Fonte Grande FM



A Embraer anunciou planos de investir até US$ 500 milhões na fabricação do avião cargueiro militar KC-390 nos Estados Unidos, caso o governo americano confirme a compra do modelo. A iniciativa tem como objetivo driblar as tarifas de exportação impostas aos produtos brasileiros e facilitar a entrada da aeronave no mercado de defesa dos EUA. Se o acordo for fechado, apenas as unidades adquiridas pelos americanos serão produzidas em solo norte-americano.

O KC-390 é uma aeronave multimissão desenvolvida pela Embraer a partir de um projeto da Força Aérea Brasileira (FAB), iniciado em 2009. Após dez anos de desenvolvimento, a primeira unidade foi entregue em 2019. O cargueiro é capaz de realizar diversas operações, como busca e salvamento, evacuação médica, ajuda humanitária, lançamento de cargas e paraquedistas em voo, reabastecimento aéreo, combate a incêndios e missões especiais.

Com 35,2 metros de comprimento, 11,84 metros de altura e 35,05 metros de envergadura, o KC-390 pode transportar até 26 toneladas e atingir altitudes de 36 mil pés, o equivalente a cerca de 11 quilômetros. Equipado com motor IAE V2500-E5, a aeronave alcança velocidade máxima de 870 km/h. Um dos destaques do modelo é o sistema de combate a incêndios, que utiliza um tubo instalado na porta traseira esquerda para despejar até 12 mil litros de água em áreas afetadas.

O interior do KC-390 não possui acabamento, o que reduz o peso da aeronave e facilita a manutenção. Em vez de poltronas convencionais, o cargueiro conta com assentos laterais para tropas, podendo transportar até 80 soldados ou 64 paraquedistas, dependendo da missão.

Apesar de aviões civis estarem isentos do adicional de 40% que eleva para 50% a tarifa sobre produtos brasileiros, o presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, afirma que as taxas americanas, atualmente em 10% desde abril, continuam sendo uma grande preocupação. Por isso, a empresa está em negociações avançadas com um parceiro relevante nos Estados Unidos para viabilizar o projeto. Neto também defende o retorno à política de tarifa zero para a indústria aeroespacial global, aguardando uma possível adesão do governo americano à proposta.



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