5 meses atrás
João Fonseca ganha wildcard para ATP de Santiago após ótima campanha no Rio Open
Atleta sobe 313 posições no ranking mundial com vitórias do Rio Open
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Há quem olhe para João Fonseca, com apenas 17 anos, e o veja como um menino. Mas o jovem atleta sabe muito bem o nível de jogo que entrega, e deixa claro que tem muito espaço para melhorar. O tenista, que acabou se despedindo do Rio Open nas quartas de final na última sexta-feira, saiu do torneio com um convite para jogar o ATP 250 de Santiago e comentou sua brilhante participação em uma entrevista coletiva nesta sexta-feira.
- É demais estar nesse torneio, com jogadores tão grandes. Essa quadra é muito especial para mim. Vai ser uma semana que vou lembrar para o resto da minha carreira e da minha vida. Só tenho a agradecer à torcida e a oportunidade.
João chegou à décima edição do Rio Open com seu segundo convite, muito mais maduro do que o atleta de 2023, que ainda jogava no juvenil, sem títulos. Disputando no saibro de sua cidade, o carioca voltou mais forte e com um jogo agressivo, consistente. Venceu Artur Fils, 36º do ranking mundial, sua primeira vitória em um ATP500. Em seguida, foi às oitavas contra o chileno Cristian Garín, campeão de 2020, e venceu novamente.
O brasileiro chegou às quartas de final no Rio como quem acreditava bem no que estava fazendo e sempre lembrando que a prioridade era "jogar feliz". João acreditou e fez a torcida acreditar que era possível.
- Tive muitos momentos na minha carreira em que as pessoas acharam que não eram possível ganhar jogos como esse, mas eu e meu treinador sempre acreditamos que eu tenho nível, sim, para jogar. É bom saber que estou jogando assim, e que ainda tem muita coisa para melhorar. Eu estou muito feliz com o nível que estou jogando e vou seguir trabalhando porque tem muita coisa boa por vir - afirmou.
Infelizmente, o sonho no Rio Open acabou sendo interrompido. Depois de 2h20 de partida, em três sets exaustivos, o atleta foi vencido pelo argentino Mariano Navone. João, que também disputou o qualifying de duplas, não conseguiu manter o mesmo ritmo das partidas anteriores e precisou lidar com cãibras e dificuldades físicas que dificultaram o caminho do atleta.
- Acho que eu estava cansando nos pontos muitos longos, e dava para ver que ele estava muito bem fisicamente. Então, eu precisava encurtar um pouco os pontos. Gosto de jogar um jogo mais agressivo, busquei mais a rede no primeiro set, fazendo bastante saques de voleio e outras bolas. Fui lutando, a torcida foi me puxando, meu treinador foi me puxando muito: 'Dá mais, você consegue tirar mais de você', e tentei lutar até o final, acreditei. É trabalhar para estar mais preparado nesses momentos - contou.
*fonte: GE
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