Itaipu conclui montagem de ilha solar flutuante e avança na geração de energia limpa

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A usina de Itaipu finalizou a primeira etapa do projeto-piloto de uma ilha solar flutuante no Rio Paraná, com 1.568 painéis fotovoltaicos instalados. A estrutura ocupa 7,6 mil metros quadrados e marca um passo importante na diversificação da matriz energética da hidrelétrica.

A expectativa é que o sistema entre em operação em novembro, após testes técnicos e instalação de cabos. Com capacidade de gerar até 1 MWp, a energia será usada para consumo interno da usina, suficiente para abastecer cerca de 650 residências.

Segundo o engenheiro Márcio Massakiti Kubo, o cronograma sofreu ajustes por conta das chuvas e da necessidade de garantir a segurança da equipe. A montagem exigiu cuidados extras por estar próxima ao vertedouro e à zona náutica da usina.

O projeto recebeu investimento de US$ 854,5 mil, financiado pela Itaipu Binacional. A execução ficou a cargo de um consórcio formado pelas empresas Sunlution (Brasil) e Luxacril (Paraguai), reforçando a parceria entre os dois países.

Nos próximos 12 meses, a ilha solar passará por avaliações técnicas e ambientais. A usina vai monitorar aspectos como qualidade da água, presença de algas e impacto na fauna local, buscando garantir a compatibilidade do sistema com o ecossistema.

Estudos indicam que, se 1% do reservatório fosse coberto por painéis, a geração anual poderia chegar a 3,6 TWh. O superintendente Rogério Meneghetti estima que, com 10% de cobertura, a produção dobraria a capacidade atual da hidrelétrica.

Além da ilha solar, Itaipu investe em projetos como hidrogênio verde, biocombustíveis e aproveitamento de resíduos. Com mais de 3,1 bilhões de MWh gerados desde 1984, a usina reafirma seu papel como referência global em energia limpa e inovação.