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29/08/2025 14h00min - Mato Grosso do Sul
2 semanas atrás

Iphan inicia processo de tombamento do maior complexo verde urbano em Campo Grande


AGESUL ► 
Fonte: Fonte Grande FM



O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) deu início ao processo de reconhecimento e proteção do maior conjunto urbano contínuo de áreas verdes do país, localizado em Campo Grande. A medida contempla os parques dos Poderes, das Nações Indígenas e do Prosa, e busca preservar o valor paisagístico, ambiental e cultural dessas regiões.

A ação surge em meio a debates sobre o uso e ocupação do Parque dos Poderes, onde projetos de expansão do centro político-administrativo estadual têm gerado polêmica e ações judiciais. A proposta de tombamento, agora em fase de estudos técnicos, pode representar um avanço significativo na defesa do patrimônio natural da capital sul-mato-grossense.

O pedido formal foi apresentado em 2023 por um coletivo de 81 cidadãos, entre eles ambientalistas, acadêmicos, artistas e juristas, que protocolaram a solicitação junto à superintendência regional do Iphan. A iniciativa busca garantir a integridade dos ecossistemas locais, das nascentes e da biodiversidade presente nos três parques, que juntos somam 536 hectares.

O Parque dos Poderes abriga as sedes dos três poderes estaduais e diversos órgãos públicos. Já o Parque Estadual do Prosa é conhecido por preservar amostras do Cerrado e da Mata Atlântica, além de proteger as nascentes do Córrego Prosa. O Parque das Nações Indígenas, por sua vez, é voltado ao lazer e à cultura, reunindo museus, monumentos e o Bioparque Pantanal.

Durante o Seminário de Patrimônio Cultural de Mato Grosso do Sul, realizado em Corumbá, o superintendente do Iphan no estado, João Henrique dos Santos, destacou que o estudo ainda está em fase inicial. Segundo ele, o tombamento poderá reconhecer oficialmente a relevância histórica e ambiental dos parques, embora a ocupação do entorno não esteja incluída na análise neste momento.

Além do complexo verde, o Iphan avalia outras propostas de tombamento, como a Praça do Preto Velho e a comunidade quilombola Tia Eva, ambas em Campo Grande, e as casas de reza do povo Guarani-Kaiowa, localizadas em Dourados. A documentação referente à Tia Eva está mais avançada e deve ser concluída até o fim do ano, reforçando o compromisso com a preservação da memória e identidade cultural da região.



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