9h atrás
Internet móvel mais cara, banda larga mais acessível: mudanças no bolso do brasileiro

O custo da internet móvel tem crescido significativamente para os consumidores no Brasil. Segundo dados do Panorama Econômico-Financeiro de Telecomunicações, divulgado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o valor médio pago por cada gigabyte subiu de R$ 5,05 para R$ 6,13 entre o primeiro trimestre de 2024 e o de 2025 — um aumento de 21,47%.
Essa tendência de alta já vinha se desenhando desde o início de 2024, após um período de queda nos preços entre 2021 e 2023. O cálculo leva em conta o volume realmente consumido pelos usuários, não o contratado. Ou seja, se alguém paga por um pacote de 10 GB e utiliza apenas metade, o custo por gigabyte efetivamente usado acaba sendo bem mais alto.
A principal explicação para esse reajuste está na diminuição do consumo médio mensal, que caiu de 5,92 GB para 5,37 GB, segundo a Anatel. Com menos dados utilizados, o custo por gigabyte aumenta. Além disso, os planos móveis estão mais caros: a receita média por usuário saltou de R$ 29,61 para R$ 31,61.
Por outro lado, o cenário da banda larga fixa segue caminho oposto. O custo por gigabyte caiu 14,88%, indo de R$ 0,29 para R$ 0,25. Ao mesmo tempo, o consumo médio subiu de 325 GB para 379 GB, e a receita média por cliente recuou, indicando uma leve queda no valor dos pacotes.
Essas mudanças mostram que, enquanto a internet móvel pesa mais no bolso, os consumidores de banda larga estão pagando menos e consumindo mais. A diferença entre os dois serviços reflete transformações nos hábitos digitais e nas ofertas das operadoras.
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