Inovador e sustentável: tecnologia vai tirar ouro de lixo eletrônico

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A Royal Mint, do Reino Unido, inaugurou uma instalação inovadora em Gales para a extração de ouro a partir de lixo eletrônico. Este projeto busca uma fonte mais sustentável do metal precioso, diminuindo a dependência dos métodos tradicionais de mineração.

A nova tecnologia permite a extração de ouro de placas de circuito impresso (PCBs) presentes em eletrônicos comuns, como TVs, laptops e celulares. O processo é rápido, levando apenas alguns minutos, e opera à temperatura ambiente, o que o torna eficiente em termos de energia e custos.

Esta instalação é a primeira a ampliar a tecnologia da Excir de um ambiente de laboratório para um nível industrial, com capacidade para processar até 4 mil toneladas de PCBs de lixo eletrônico por ano. A Royal Mint, a mais antiga empresa do Reino Unido e única fabricante de moedas, afirmou que o método permite "minerar" ouro de alta qualidade, já utilizado em sua coleção de joias de luxo.

Enfrentando o problema dos resíduos eletrônicos

A inauguração desta fábrica aborda o crescente problema ambiental causado pelo lixo eletrônico. Segundo o Monitor Global de Resíduos Eletrônicos das Nações Unidas, a geração de resíduos eletrônicos no mundo aumenta em 2,6 milhões de toneladas anualmente, alcançando um recorde de 62 milhões de toneladas em 2022 – um aumento de 82% desde 2010.

A nova fábrica da Royal Mint visa reduzir esse impacto, recuperando recursos valiosos e garantindo o tratamento adequado de outros materiais. "A abertura desta fábrica é um marco importante em nossa jornada", disse a executiva-chefe Anne Jessopp em comunicado. "Estamos preservando metais preciosos finitos para as futuras gerações e mantendo o artesanato especializado pelo qual a Royal Mint é conhecida, além de criar novos empregos e oportunidades de requalificação para nossos funcionários".