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14/07/2025 17h20min - Agricultura
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Incerteza no clima exige atenção redobrada dos produtores rurais


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Fonte: Fonte Campo Grande News



Com o avanço da colheita do milho segunda safra em Mato Grosso do Sul, produtores já começam a se preparar para o plantio da soja 2025/2026. Mas o cenário climático previsto para os próximos meses acende um alerta: sem a atuação dos fenômenos El Niño ou La Niña, a chamada neutralidade pode gerar instabilidade nas chuvas e nas temperaturas.

A NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos) aponta 56% de chance de neutralidade do fenômeno ENOS (El Niño-Oscilação Sul) entre agosto e outubro. Nesse período, a tendência é de chuvas próximas à média histórica, com possibilidade de variações no volume e também nas temperaturas.

 Segundo a Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul), na prática, o clima mais instável pode afetar tanto o fim da colheita do milho quanto o início do plantio da soja, especialmente em regiões que já costumam enfrentar maior variabilidade climática.

 “O produtor deve ficar atento às previsões de curto prazo e ajustar o planejamento de acordo com as condições da sua região”, orienta o assessor técnico da Aprosoja/MS, Flavio Aguena.

A coordenadora do Cemtec-MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), a meteorologista Valesca Fernandes destaca que o ENOS não é o único fator que influencia o clima. “Também é preciso considerar outras oscilações, como a Madden-Julian e a Antártica, que podem provocar aumento ou redução das chuvas no Estado”, explica.

 Segundo o modelo europeu Copernicus, a previsão é de que, entre agosto e outubro, as chuvas oscilem entre abaixo e acima da média histórica, dependendo da região. As temperaturas tendem a ficar elevadas, com possibilidade de ondas de calor em períodos de baixa nebulosidade. Apesar disso, ainda podem ocorrer frentes frias intensas, típicas do inverno.

Entenda o ENOS - O fenômeno El Niño-Oscilação Sul tem três fases que influenciam diretamente o clima global, sobretudo em regiões tropicais. A La Niña é caracterizada pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico, o que costuma reduzir as chuvas no Centro-Oeste. Já o El Niño provoca o aquecimento dessas águas, favorecendo o aumento das chuvas e das temperaturas.

Quando há neutralidade, ou seja, ausência de aquecimento ou resfriamento significativos, o resultado é um cenário de maior imprevisibilidade no regime de chuvas e temperaturas.



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