Incêndios devastam Los Angeles e tecnologia LiDAR revela impactos invisíveis

Siga-nos no

Os incêndios florestais Eaton e Palisades, que atingiram o condado de Los Angeles em janeiro de 2025, deixaram um rastro de destruição no sul da Califórnia. Com duração de 24 dias, os focos resultaram em 29 mortes, mais de 16 mil estruturas destruídas e prejuízos estimados em US$ 60 bilhões. Ao todo, 55 mil acres foram consumidos pelo fogo, alterando drasticamente a paisagem da região.

Para mensurar os impactos, pesquisadores recorreram à tecnologia LiDAR, que utiliza pulsos de luz para mapear com precisão alterações no relevo. Aplicada por aviões e drones, a técnica permite criar modelos 3D comparativos entre períodos anteriores e posteriores aos desastres, revelando perdas e ganhos na vegetação e infraestrutura.

O programa ALERTCalifornia, em parceria com a empresa NV5 e o Serviço Geológico dos EUA, realizou novas varreduras logo após o controle dos incêndios. A equipe da Universidade Estadual do Arizona comparou dados de 2016 com os de 2025, gerando mapas visuais que destacam em vermelho áreas destruídas e em azul regiões em recuperação.

Além de quantificar os danos, o LiDAR ajuda a prever riscos secundários, como deslizamentos de terra e enxurradas, causados pela perda de vegetação em encostas. Segundo especialistas, essa análise é essencial para mitigar futuros desastres naturais, especialmente em regiões vulneráveis.

Apesar da eficácia da tecnologia, há preocupação com a continuidade dos projetos devido a cortes em financiamento científico. A manutenção de iniciativas como o ALERTCalifornia é vista como estratégica para o planejamento urbano e ambiental diante das mudanças climáticas.