2 meses atrás
IBGE: taxa de desemprego cai para 5,8%, a menor já registrada

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira, é a primeira a utilizar ponderações baseadas nos dados do Censo 2022. Essa atualização ajusta a amostra de domicílios visitados, tornando os resultados mais precisos e alinhados com a realidade populacional atual. Essa prática é comum entre órgãos estatísticos internacionais e visa garantir maior confiabilidade às análises sobre o mercado de trabalho.
A pesquisa investiga o comportamento laboral de pessoas com 14 anos ou mais, abrangendo todas as formas de ocupação, como empregos formais e informais, temporários e autônomos. Apenas quem está efetivamente procurando trabalho é considerado desocupado. A amostra contempla 211 mil domicílios distribuídos por todos os estados brasileiros e o Distrito Federal, o que confere abrangência nacional aos dados coletados.
A taxa de informalidade registrada foi de 37,8%, a menor desde o segundo trimestre de 2020. O IBGE considera informais os trabalhadores sem carteira assinada, autônomos e empregadores sem CNPJ, que não têm acesso a benefícios como seguro-desemprego, férias remuneradas e décimo terceiro salário. Essa redução na informalidade indica uma leve melhora na qualidade dos vínculos empregatícios no país.
Outro dado relevante é o número de desalentados, que caiu para 2,8 milhões de pessoas no segundo trimestre, o menor patamar desde 2016. Os desalentados são aqueles que desistiram de procurar emprego por acreditarem que não conseguirão uma colocação. Essa queda pode refletir maior confiança na economia e nas oportunidades de trabalho disponíveis.
O aquecimento do mercado de trabalho também se reflete nos salários. O rendimento médio mensal chegou a R$ 3.477, o maior já registrado, representando um aumento de 1,1% em relação ao trimestre anterior e de 3,3% em comparação ao mesmo período de 2024. Com mais pessoas empregadas e salários mais altos, a massa de rendimentos atingiu R$ 351,2 bilhões, um recorde histórico que impulsiona o consumo e fortalece a economia nacional.
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