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29/05/2024 14h00min - Saúde
7 meses atrás

IA pode detectar a propagação do câncer de mama sem biópsia


Imagem: Alejandro_Munoz/Shutterstock ► 
Fonte: Fonte Grande FM



Um estudo recente foi capaz de descobrir um modo de usar a IA para detectar câncer de mama  que está se espalhando para outras partes do corpo, sem a necessidade de biópsias.

Pesquisadores revelaram que é possível treinar uma IA para analisar exames de ressonância magnética para detectar a presença de células cancerígenas nos gânglios linfáticos sob os braços.

Na prática clínica, a IA poderia ajudar a evitar 51% das biópsias cirúrgicas desnecessárias para testar a presença de cancro nos gânglios linfáticos, ao mesmo tempo que identificou corretamente 95% dos pacientes cujo cancro da mama se tinha espalhado, conforme resultados do estudo.

A maioria das mortes por câncer de mama se deve ao câncer que se espalha para outros lugares, e o câncer normalmente se espalha primeiro para um linfonodo axilar, explicou o pesquisador Dr. Basak Dogan, diretor de pesquisa de imagens de mama no UT Southwestern Medical Center.

O Dr. Dogan é um dos autores do estudo, e em comunicado a imprensa, o médico afirmou que “encontrar o câncer que se espalhou para um linfonodo é fundamental para orientar as decisões de tratamento, mas as técnicas tradicionais de imagem por si só não têm sensibilidade suficiente para detectá-lo com eficácia”.

IA detectou câncer de mama com mais eficácia que a ressonância magnética

Pacientes com resultados benignos em exames de ressonância magnética ou biópsias por agulha muitas vezes devem ser submetidos a biópsia cirúrgica de linfonodos de qualquer maneira.

Isso ocorre, pois esses testes podem não detectar um bom número de células cancerígenas que se espalharam pela mama, segundo Dogan.

Os pesquisadores treinaram a IA alimentando o programa de exames de ressonância magnética de 350 pacientes recém-diagnosticados com câncer de mama com câncer nos gânglios linfáticos.

Os testes mostraram que a IA recentemente desenvolvida era significativamente melhor na identificação desses pacientes do que os médicos humanos usando ressonância magnética ou ultrassom.

“Esse é um avanço importante porque as biópsias cirúrgicas apresentam efeitos colaterais e riscos, apesar de terem baixa probabilidade de resultado positivo, confirmando a presença de células cancerígenas”, explicou Dogan.

“Melhorar a nossa capacidade de descartar células cancerígenas nos gânglios linfáticos durante uma ressonância magnética de rotina – usando este modelo – pode reduzir esse risco e, ao mesmo tempo, melhorar os resultados clínicos”, completou o médico.



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Grande FM
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