Gravadoras Processam Startups de Música por IA por Exploração de Obras de Artistas

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Gravadoras renomadas como Sony Music Entertainment, Universal Music Group e Warner Records estão movendo processos contra as startups Suno e Udio, que utilizam inteligência artificial para gerar músicas. A acusação é de violação de direitos autorais, com alegações de que as empresas estariam explorando obras de artistas como Chuck Berry e Mariah Carey.

De acordo com informações da Associated Press, os processos foram abertos em diferentes locais: o caso contra a Suno foi registrado em Boston, enquanto a ação contra a Uncharted Labs, desenvolvedora do Udio, está em andamento em Nova York.

Mikey Shulman, CEO da Suno, declarou à AP que os usuários da plataforma não têm permissão para referenciar artistas específicos e que o programa foi projetado para criar conteúdos completamente novos, sem memorizar e reproduzir materiais pré-existentes. Apesar de tentativas de diálogo com as gravadoras, Shulman afirmou que as empresas preferiram seguir uma abordagem legal rigorosa em vez de manter uma discussão de boa fé. Até o momento, a Udio não se pronunciou sobre o caso.

Em um comunicado divulgado na segunda-feira (24), Mitch Glazier, presidente da Recording Industry Association of America, criticou os serviços não licenciados como Suno e Udio. Ele afirmou que copiar o trabalho de artistas e explorá-lo para lucro próprio, sem consentimento ou pagamento, prejudica o potencial de uma IA genuinamente inovadora.

A preocupação da indústria musical com a violação de direitos autorais por IA não é recente. Em março deste ano, o estado do Tennessee implementou leis para proteger profissionais da indústria contra a exploração por inteligência artificial, tornando-se o primeiro estado dos EUA a adotar tais medidas.

*Fonte: Olhar Digital